Por: Fernando Berenguel
Mulheres seminuas, drogas lícitas, um garoto urinando na cara do outro e o escroto de um homem sendo mordido. É apresentando ideias politicamente incorretas como estas que na quinta-feira (dia 5), foi realizada em São Paulo, a coletiva de imprensa de Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, filme baseado no livro homônimo escrito por Danilo Gentili. Detalhe: o filme tem classificação para maiores de 14 anos.
“O filme foi muito baseado na ‘Sessão da Tarde’, naquela época em que se fazia filmes para diversão, sem c*gar regra” explica Gentili.
O humorista aliás, revelou que participou ao lado do diretor de boa parte do processo de criação contribuindo no roteiro, escalação de elenco e assinando inclusive como produtor executivo do filme.
A trama que segundo Gentili tem um “clima de molecada” conta a história de dois estudantes desanimados que encontram um diário de um antigo aluno com dicas para se tornarem os piores alunos da escola.
A atmosfera de anarquia envolvendo uma turma de adolescentes sugerida pelo trailer pode até soar como Goonies (1985) filme que nos últimos meses foi considerado referência para a série Stranger Things e também para o terror It: A Coisa. Mas só parece.
Fabrício Bittar, o diretor do filme e Danilo Gentili explicaram que preferem abrir paralelos entre as histórias referenciando Karate Kid (1984), Porkys (1981) e também Curtindo A Vida Adoidado, filme onde adolescentes enganavam os seus pais e professores para cabularem aula. Vale destacar que a trilha do filme é embalada pelo icônico rock We’re Not Gonna Take It da banda oitentista Twisted Sisters.
O clima que pode soar retrô para os espectadores mais velhos, ganha contornos antológicos com a escalação do ator mexicano Carlos Villagran, o Quico do Chaves, para o papel do severo diretor da escola. O diretor revelou que as negociações com o ator começaram ainda no ano de 2013 quando Danilo entrevistava o ator em seu talk-show na Band na época. O humorista foi só elogios para o intérprete de Ademar, o rígido diretor da escola.
“O Carlos é um gênio, uma pessoa extraordinária! Tudo o que a gente escreveu, o Carlos ampliava. Ele melhorava. O filme virou outra coisa”, elogiou Gentili durante a coletiva.
Confira o bate-papo do Observatório do Cinema com Danilo Gentili e Fabrício Bitar abaixo.