Neste domingo (04), a 90ª edição do Oscar vai ao ar. Um ano depois da vitória histórica de Moonlight: Sob a Luz do Luar como Melhor Filme, outros filmes LGBT concorrem à premiação, incluindo à categoria principal (Me Chame Pelo Seu Nome).
Em comemoração, reunimos 10 filmes LGBT que venceram o Oscar:
https://youtu.be/I9Si4dQw9-E
Moonlight: Sob a Luz do Luar (vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme)
O primeiro longa com um protagonista gay a vencer o Oscar de Melhor Filme, Moonlight retrata a infância, adolescência e vida adulta de Chiron (Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes), lidando com seu conceito de masculinidade e sexualidade em um contexto de segregação social e racial. Em meio ao longa monumentalmente belo de Barry Jenkins, a já lendária confusão durante a cerimônia é só um detalhe.
Perdidos na Noite (vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme)
Moonlight leva o título de primeiro vencedor de primeiro Melhor Filme com protagonista LGBT, mas não foi o primeiro a mostrar um personagem gay. Em Perdidos na Noite, o protagonista Joe (Jon Voight) nunca se assume LGBT, mas atua como prostituto e, em uma cena, deixa um rapaz mais jovem (Bob Balaban) fazer sexo oral nele. Foi o primeiro filme com classificação para maiores a vencer o prêmio principal da noite.
O Segredo de Brokeback Mountain (vencedor de 3 Oscar)
Em 2006, eu, você e mais meio mundo achavam que o Oscar ia quebrar um tabu ao premiar O Segredo de Brokeback Mountrain, merecidamente, como o Melhor Filme do ano. Não rolou, e os votantes preferiram o amplamente odiado Crash: No Limite. Essa história de dois caubóis apaixonados, feitos por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal, ainda levou três outros prêmios (incluindo Melhor Direção).
https://youtu.be/PR2uStE-0Mg
Monster: Desejo Assassino (vencedor de 1 Oscar)
A história trágica e violenta de Aileen Wuornos, uma prostituta que se tornou serial killer, foi recontada nesse intenso filme de Patty Jenkins (anos antes de Mulher-Maravilha). Charlize Theron levou a estatueta de Melhor Atriz pelo papel principal – na tela e na vida real, Wuornos viveu um relacionamento com uma mulher, Selby (Christina Ricci).
Frida (vencedor de 2 Oscar)
O longa de Julie Taymor traça a vida da artista plástica Frida Kahlo, que era bissexual. O filme não esconde seus affairs com outras mulheres, e Salma Hayek arrasa no papel que passou anos tentando levar para os cinemas. Ela perdeu o prêmio de Melhor Atriz, mas o filme levou Melhor Trilha Sonora e Melhor Maquiagem.
Meninos Não Choram (vencedor de 1 Oscar)
A história real de Brandon Teena ganha uma encarnação inesquecível e dilacerante no filme de Kimberly Peirce, que rendeu o primeiro Oscar de Melhor Atriz para Hilary Swank. Teena foi um homem transgênero que não contou sua identidade para a garota com a qual se envolveu, e acabou assassinado por isso.
Tudo Sobre Minha Mãe (vencedor de 1 Oscar)
Um dos filmes seminais do gênio espanhol Pedro Almodóvar, pelo qual ele finalmente levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Tudo Sobre Minha Mãe mostra Manuela (Cecilia Roth), que perde o filho em um acidente trágico e viaja para encontrar o pai do garoto, uma mulher transgênero. Cheio de vida, humor e tragédia, o filme é a melhor maneira de conhecer Almodóvar.
Priscilla, a Rainha do Deserto (vencedor de 1 Oscar)
Os exuberantes vestidos das drag queens desse clássico LGBT levaram o prêmio de Melhor Figurino no Oscar 1995. Os três protagonistas são duas drags e uma mulher transgênero que viajam pela Austrália a fim de chegar a um show arranjado por uma delas. Hugo Weaving, Guy Pearce e Terrence Stamp arrasam nos papéis principais.
Filadélfia (vencedor de 2 Oscar)
Tom Hanks é um advogado que perde seu emprego após a revelação de que é HIV positivo. Ele e seu namorado, interpretado por um jovem Antonio Banderas, contratam um advogado inicialmente homofóbico (Denzel Washington) para processar a empresa que o demitiu. Hanks levou o primeiro de dois Oscar de Melhor Ator seguidos pelo filme (o segundo seria por Forrest Gump).
Traídos Pelo Desejo (Vencedor de 1 Oscar)
Neil Jordan levou o prêmio de Melhor Roteiro Original por esse suspense em que um ex-soldado da IRA (grupo radical de militantes pela independência da Irlanda) se apaixona por uma mulher transgênero. A presença hipnotizante de Jaye Davidson em tela só se tornou ainda mais lendária quando o ator desistiu da carreira pouco depois.