Quando os quadrinistas C.C. Beck e Bill Parker criaram o Capitão Marvel em 1939, descobriram a fórmula secreta para superar o Superman: tornar possível que o público alvo, crianças bem pequenas, se identificasse com o protagonista.
Beck e Parker deram origem a um personagem que, em seu auge, foi o mais vendido dos Estados Unidos nas bancas de quadrinhos. No entanto, o super-herói passou por muitas reformulações ao longo dos anos, especialmente depois que foi comprado pela DC.
Com Shazam! nos cinemas, é a hora perfeita para relembrar todas as histórias de origem que o personagem teve ao longo das décadas.
Whiz Comics #2 (1940)
O que é imediatamente perceptível na primeira aparição do Capitão Marvel original é que é uma história muito breve e rápida.
Em menos de 12 páginas, tudo é muito econômico e divertido: Billy Batson é apresentado, conhece o mago Shazam, obtém seus poderes e luta contra um vilão. Simplesmente apenas isto acontece.
É uma narrativa muito divertida e completa, apesar de curta.
Shazam #1 (1973)
Depois de anos como concorrente da DC, a Fawcett Comics interrompeu a publicação de histórias do Capitão Marvel em 1953, em parte por causa de um processo de violação de direitos autorais apresentado pela rival.
Duas décadas depois, a DC licenciou o personagem (antes de comprá-lo em definitivo em 1991). Seu nome mudou para Shazam, mas a editora optou por dar sequência às antigas histórias da Fawcett.
A primeira edição do revival explica que Billy Batson, Mary Batson (Mary Marvel) e Freddy Freeman (Capitão Marvel Jr.) se foram há 20 anos, mas permanecem como crianças porque estavam em animação suspensa, junto com o vilão Dr. Silvana e seus diabólicos filhos Georgia e Silvana Junior.
Shazam!: The New Beginning (1987)
Depois que DC fundiu seus mundos paralelos, incluindo a Terra-S, no evento Crise nas Infinitas Terras, o Capitão Marvel reapareceu em 1986 na minissérie Legends, onde, depois de ajudar a derrotar Darkseid, se juntou à Liga da Justiça Internacional.
Na época, os quadrinistas e editores resolveram dar ao herói um recomeço mais sombrio. Com seus pais mortos em um acidente de carro, o adolescente Billy é adotado por seu tio Silvana depois que seus primos o convencem que é melhor viver com eles do que com seu tio Dudley.
Depois que Silvana usa a herança de Billy para completar os experimentos de deformação dimensional que trazem o vilão Adão Negro para o nosso mundo, Billy fica determinado a seguir um caminho heroico.
The Power of Shazam! (1994)
Escrito e desenhado por Jerry Ordway, este romance gráfico tornou Billy uma criança de novo, com Fawcett City sendo um lugar atemporal como Gotham.
Na história, Adão Negro é reimaginado como o alter-ego do cara que assassinou os pais de Billy, e Silvana é um magnata implacável parecido com Lex Luthor. O romance gráfico foi seguido por uma revista mensal, publicada entre 1995 e 1999.
Shazam! (2011)
Escrita por Geoff Johns e desenhada por Gary Frank, esta versão da história é uma grande inspiração para o longa.
Aqui, Billy é um garoto adotivo mal-humorado, Freddy, Mary e os novos personagens Darla, Eugene e Pedro são seus irmãos adotivos e Silvana é um arqueólogo que busca magia, que acaba tendo poderes depois de libertar Adão Negro de volta ao mundo. O grande problema é que, eventualmente, o raio mágico de Shazam é compartilhado não só com Mary e Freddy, mas também com os outros irmãos de Billy, criando a Família Shazam.