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Explicamos o bizarro final de Pokémon: Detetive Pikachu

Pokémon: Detetive Pikachu é um filme eficiente e divertido, mas definitivamente está longe de ser uma obra-prima, e traz alguns problemas.

Não há dúvidas de que o maior demérito está em sua conclusão completamente bizarra e que deve dividir os fãs, especialmente por mexer em elementos cruciais da mitologia dos Pokémon.

Vamos dividir o bizarro final em três etapas.

Sobre o plano do vilão

No terceiro ato, enfim somos revelados ao verdadeiro vilão de Detetive Pikachu: Howard Clifford, vivido por Bill Nighy. Ao longo do filme, ele foi visto como uma figura visionária e que estudava Pokémon, e se revelou como responsável pela pesquisa e criação de Mewtwo. O grande plano de Howard era transferir sua consciência para a de Mewtwo, já que buscava o novo estágio da evolução humana.

Não só para ele mesmo, Howard planejava usar os poderes de Mewtwo para transferir as consciências de todos os humanos de Ryme City em Pokémon. Não Pokémon aleatórios, mas sim juntar seus corpos com os de seus respectivos monstrinhos, o que é – sinceramente – uma ideia muito ruim, e que ganha pouco sustento pelo roteiro do filme.

Quem investigava o experimento com Mewtwo era justamente o pai de Tim, Harry. Howard fez o jovem acreditar que Mewtwo havia matado-o, mas a solução é um pouco mais complicada do que é essa.

As mudanças em Mewtwo

Sobre o Mewtwo especificamente, é uma boa transposição de sua versão dos games para as telas, especialmente no visual. Todos os seus poderes estão lá, incluindo voo, telecinese e raios de energia. Porém, a ideia de juntar humanos e Pokémon no mesmo corpo é novidade.

Por conveniência do roteiro, não só Mewtwo é capaz de juntar os corpos das espécies, mas também é magicamente capaz de desfazer essa metamorfose com seus poderes.

A reviravolta final

Pikachu é o pai de Tim. Sim, você não leu isso errado. Mewtwo, agora longe da influência de Howard, revela que ele uniu a consciência de Harry Goodman, pai de Tim, em seu parceiro Pikachu – e ainda apagou a memória do Pokémon. Isso explica o motivo de Tim escutar sua voz humana (mas não justifica o fato de que só ele é capaz disso), e também o elo entre os dois.

No final, Ryan Reynolds em carne e osso aparece interpretando Harry, já separado da junção genética de Pikachu. Não vemos isso acontecer, mas assumimos que eles foram separados por Mewtwo, e agora o Pikachu volta a ter sua habitual fala de “pika pika”.

Isso gera algumas dúvidas sobre como será o futuro da franquia. A graça do primeiro filme é justamente por termos Ryan Reynolds dublando a versão animada de Pikachu, não para ser o parceiro do personagem titular. Será que um eventual Detetive Pikachu 2 colocará Reynolds de volta no corpo do Pokémon? Nem quero pensar em como os roteiristas vão resolver essa…

O elenco de Pokémon: Detetive Pikachu, jogo homônimo inspirado no universo de Pokémon, conta com Ryan Reynolds (como a voz de Pikachu na versão em inglês), Justice Smith, Ken Watanabe e Kathryn Newton.

A história seguirá um falante Pikachu, que ama café e solucionar problemas. Alex Hirsch roteiriza o filme, com Rob Letterman na direção.

Pokémon: Detetive Pikachu já está em exibição nos cinemas.

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