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Supergirl | Crítica - 5ª temporada - Episódio 1

O Arrowverso está oficialmente de volta para a temporada de 2019! Além da estreia da primeira temporada de Batwoman, com Ruby Rose, a CW também trouxe de volta mais uma prima famosa da DC, na forma da Supergirl de Melissa Benoist, chegando com tudo em sua quinta temporada na emissora. E, nesse episódio de chegada, a prima do Homem de Aço volta com um episódio bem leve, divertido e característico.

A trama de “Event Horizon”segue focada na relação entre Kara (Benoist) e Lena Luthor (Katie McGrath), agora com a protagonista recebendo a notícia de que a CatCo foi comprada, trazendo uma visão mais mercadológica e sensacionalista para o jornal de Kara e seus amigos. É aí onde entra o grande conflito do episódio, já que Rojas demanda uma abordagem mais “clickbait”, o que enfurece os personagens, que tentam defender a ética da profissão. Mas, claro, o “vilão da semana” aparece quando um ser super-poderoso e metamorfo espalha terror pela cidade.

Em seu novo ano, os produtores de Supergirl parecem bem interessados em dois temas bem relevantes da atualidade: mídia e tecnologia. Em uma série de diálogos que parecem quebrar a quarta parede, Kara argumenta como se recusa a produzir conteúdos tendenciosos para a nova linha da CatCo, explicitando seu desejo em escrever apenas a verdade. Pode ser lidado com mão pesada, mas as intenções são louváveis, assim como o momento em que vemos cidadãos praticamente “zumbificados” graças a um tipo de aplicativo – algo que fica solto na narrativa, mas que promete trazer ramificações para os episódios restantes.

E por falar no compromisso com a verdade, o roteiro assinado por Derek Simon e Nicki Holcomb aproveita essa deixa de forma inteligente para uma reviravolta na vida de Kara: ela revela a Lena que é a Supergirl, em uma cena verdadeiramente emocionante e poderosa. É um momento que encapsula a temática do episódio com perfeição, e que traz mais um atestado do imenso talento da excelente Melissa Benoist. Desde o lançamento da série, a atriz sempre trouxe carisma, energia e fúria para a Supergirl, características que seguem a todo vapor na quinta temporada, além de ganhar um belo novo uniforme – com calças, como reforça a protagonista.

Quando chegamos ao grande vilão da semana, temos a presença de uma mulher alienígena que supostamente fugiu da Zona Fantasma, que é batizada pelos heróis de Meia-Noite. É uma transmorfa que se esconde como uma menina, mas que em um dos momentos mais inspirados assume a forma de um Tiranossauro Rex. E ao falar de ação, novamente precisamos nos lembrar de que estamos em uma emissora de TV aberta, então a execução e os efeitos visuais sempre acabam soando tolos e amadores; ainda que a imagem de Benoist socando um dinossauro seja especialmente vibrante.

O final do episódio traz uma boa reviravolta envolvendo o Caçador de Marte, e que deve trazer um rumo interessante para a temporada. No mais, é a mesma Supergirl que os fãs gostam (ou desgostam), trazendo uma visão incisiva para temas relevantes. Enquanto Melissa Benoist estiver em tela, estaremos minimamente interessados.

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