ATENÇÃO PARA SPOILERS!
A impressão geral é que “Home” (6×02), exibido neste domingo (1), foi um episódio muito intenso e cheio de desenvolvimentos em Game of Thrones, como há muito tempo a série não fazia. Se o primeiro capítulo foi uma espécie de re-climatização à Westeros, esse segundo nos jogou adiante na trama sem cerimônias, se espalhando pelas regiões da história e jogando mortes, dragões e, sim, ressurreições na nossa direção.
Vamos direto ao ponto primeiro, então: Jon Snow está vivo! A cena final do episódio mostrou o ex-comandante da Patrulha da Noite abrindo os olhos e ofegando, logo após todas pessoas saírem da sala em que está seu corpo, desesperançosos do feitiço de Melisandre tinha acabado de lançar nele para tentar reanimá-lo. Parece que a mágica da feiticeira ainda funciona, apesar do que vimos na semana passada.
Como bem apontou o jornalista da IGN em seu review, no entanto, ainda não sabemos para que direção a história de Jon irá, como ele voltará dos mortos, se haverá algo de diferente nele ou algum problema em sua saúde como um geral. Só o que “Home” nos mostra é que o personagem de Kit Harrington está vivo novamente. Para fãs que passaram quase um ano especulando, no entanto, é um alívio ter essa certeza.
A ressurreição vem depois da batalha pelo controle do Castelo Negro, travada entre os oficiais da Patrulha da Noite fiéis a Alliser Thorne contra os Selvagens e os poucos amigos de Jon que haviam restado entre os soldados. No final das contas, o gigante Wun Wun é um pouco demais para os Patrulheiros enfrentarem, e os traidores de Snow são presos por Ser Davos e companhia.
Quem diria que o Castelo Negro seria o palco de tantos desenvolvimentos empolgantes de trama nesse sexto ano?
Traições familiares
Como já havíamos previsto no nosso artigo sobre o que esperar da sexta temporada de Game of Thrones, o tema da família voltou a ser simplesmente essencial para Game of Thrones. Nas outras duas grande surpresas da semana, dois lordes importantes foram massacrados por membros de suas próprias famílias de formas brutais.
Em Winterfell, Ramsay esfaqueou o pai, Roose Bolton, que havia ameaçado tirá-lo de sua posição de poder no primeiro capítulo, e logo depois soltou os cachorros raivosos para cima de Walda, que estava carregando o bebê recém-nascido do pai. O que o episódio deixa claro é que Ramsay, agora como lorde principal da família Bolton, terá o apoio de muitas famílias para manter o seu reino de terror sobre Winterfell.
Ou seja, agora, o ex-bastardo não é só um psicopata asqueroso, mas uma força política genuinamente poderosa – o que só o torna ainda mais assustador.
Enquanto isso, nas Ilhas de Ferro, reencontramos o velho rei Balon Greyjoy, pai de Theon, que é empurrado de uma ponte por um de seus irmãos. O crítico do IGN apontou que esse é um dos últimos materiais dos livros que vão ser transportados para a tela, porque os roteiristas não encontraram espaço para colocar os Greyjoy o bastante nas temporadas anteriores.
Vamos esperar para ver onde isso vai dar, especialmente agora que Theon está voltando para casa (depois de pedir perdão à Sansa, em uma cena comovente) e um novo rei precisa ser eleito.
Flashbacks e Lannisters
Outra fatia do episódio foi dedicada a Bran, que finalmente voltou as nossas telas, aprendendo com o Corvo de Três Olhos a viajar pelo tempo em busca de seu passado e de seu futuro. Dessa vez, o que vemos é um flashback de Winterfell, com um jovem Ned, acompanhado de Benjen e da irmã Lyanna, que, como os fãs devem se lembrar, foi o estopim da revolta que levou Robert Baratheon ao trono antes dos acontecimentos do primeiro ano da série.
Ainda não tivemos a Batalha da Torre da Alegria, quando Ned e companhia vão resgatar Lyanna das mãos do príncipe Rhaegar Targaryen, mas o que tivemos foi uma pequena espiada em um jovem Hodor! Isso mesmo, o guarda-costas de Bran era um garoto jovem que trabalhava em Winterfell, chamado Willis, e que tem um vocabulário bem mais extenso do que a versão mais velha do personagem que conhecemos desde sempre em Game of Thrones.
Já a batalha entre os Lannister e o Alto Pardal e seus seguidores começou a esquentar nesse episódio, com Jamie confrontando o líder da organização religiosa e o ameaçando de morte (“Os deuses não se importariam, eles derramam mais sangue que todos nós juntos”), e Cersei andando pelas ruas de Porto Real, ainda sofrendo as consequências horríveis de sua Caminhada da Vergonha, mas com seu guarda-costas zumbi a postos para protegê-la.
Para terminar (ufa!), Tyrion decide ir até a cripta onde Daenerys mantem seus dragões e soltar os últimos dois que continuam por lá. É uma cena cool que coloca o personagem interagindo com os monstrengos, mas ainda não entendemos muito bem a lógica por trás da decisão do mais esperto dos Lannister.