Sucesso na Netflix, a minissérie Maid tem tudo para se tornar uma das melhores produções originais da plataforma em 2021. A trama de 7 episódios é uma adaptação do livro “Maid: Hard Work, Low Pay and a Mother’s Will to Survive” (Faxineira: Trabalho Duro, Salário Baixo e a Vontade de uma Mãe para Sobreviver), best-seller autobiográfico de Stephanie Land. Em uma entrevista recente ao site The Mirror, a escritora falou mais sobre suas difíceis experiências.
Atualmente com 43 anos, Land lançou seu livro em 2019. A obra rapidamente entrou para a lista dos mais vendidos, ao mostrar um olhar sensível e particular sobre as relações de trabalho entre os empregados e os patrões. A autora passou cerca de 6 anos trabalhando nas casas mais luxuosas da Ilha Camano – onde a maioria dos clientes não se importava em saber seu nome.
Hoje em dia, Stephanie Land (na foto abaixo) aproveita os frutos de seu trabalho com o marido, os três filhos e os dois cachorros. Em um papo recente com o site britânico The Mirror, a autora revelou alguns segredos de seu antigo trabalho; confira.
A difícil rotina da protagonista de Maid
Para sustentar a filha pequena e colocar comida na mesa, Stephanie Land começou a trabalhar como faxineira para famílias ricas e de classe média alta na Ilha Camano, perto de Seattle. A jovem ganhava cerca de 8.55 dólares por hora (o que corresponde hoje em dia a 47 reais).
“Foi aí que eu percebi o quão invisível é esse trabalho. Grande parte dos clientes nem perguntava meu nome”, comentou a escritora.
Para deixar esse trabalho tão entediante mais interessante, Land passou a imaginar histórias sobre as vidas de seus clientes, com base nas coisas que via enquanto limpava as casas dos ricaços.
Em seu livro, Stephanie Land fala sobre a “Casa do Pornô”, na qual um casal aparentemente feliz dormia em quartos separados – e ela costumava achar lubrificantes e revistas eróticas no quarto do marido e livros de romance no quarto da esposa.
“Sempre achei muito estranho eles deixarem essas coisas expostas, para qualquer um ver. Sempre os imaginei dormindo em quartos separados, e cada um vivendo fantasias sobre parceiros diferentes”, contou Land.
Outra personagem excêntrica encontrada pela protagonista de Maid é a “Dama do Cigarro”, uma mulher rica que fazia de tudo para esconder seu tabagismo e deixar sua casa perfeita.
Mas nem só de figuras divertidas consistiu a jornada de Stephanie. Alguns dos patrões da jovem eram bastante cruéis.
“Um casal vivia em uma colina, e me impediram de subir com o carro pois ele estava vazando óleo no asfalto. Eu era obrigada a parar na parte mais baixa e subir sozinha com uma sacola pesada de produtos de limpeza”, comentou a escritora.
Land revelou também que uma de suas clientes costumava deixar joias valiosas expostas no quarto, como uma espécie de “isca” para conferir se as arrumadeiras estavam roubando.
Com Margaret Qualley, Nick Robinson e Andie MacDowell, Maid já está disponível no catálogo da Netflix.