Naruto pode ter vários pontos positivos e alguns arcos verdadeiramente épicos, mas ele conta com um grande problema: a forma como as personagens femininas são trabalhadas. Isso, infelizmente, acaba sendo levado para Boruto.
Assim como Naturo, a continuação foca nas aventuras do personagem titular. Com isso, as personagens femininas, em especial, são relegadas a segundo plano, com poucos arcos dedicados a elas.
A nova equipe 7 de Boruto, formada por Mitsuki, Sarada e Konohamaru foram apresentados como os companheiros mais próximos de Boruto, mas eles raramente aparecem nos momentos mais importantes.
Tanto Sarada, quanto Mitsuki são tão habilidosos quanto o protagonista, quando ele não está sob efeitos do Karma. Konohamaru deveria ser um ninja ainda melhor, mas ele não contribuiu com muita coisa há tempos.
O tratamento que Sarada recebe é ainda pior, lembrando de Sakura, que, apesar da força monstruosa e habilidade como ninja, fica em segundo plano a maior parte da história.
No caso de Sarada é ainda pior, visto que ela herdou as habilidades da mãe e o poder do clã Uchiha. Assim como a mãe, ela é esquecida.
Naruto tem uma conquista nunca alcançada e há um motivo para isso
Naruto evolui muito durante as duas fases do mangá/anime, mas há uma conquista que ele jamais alcança: ele jamais se torna chunin e muito menos jōnin.
O anime estabelece que os ninjas são divididos em diferentes ranques: genin, chunin e jōnin (além dos sennin). Um ranque recebe missões mais importantes que o outro e, claro, de maior risco.
Naruto chega a participar do exame chunin, mas não chega a concluir devido à interferência de Orochimaru e depois disso ele jamais evolui nesse sentido.
Depois do exame, Naruto começa a treinar com Jiraya e se envolve na busca por Sasuke e na grande guerra dos ninjas, não sobrando tempo para ele se tornar chunin.
Felizmente, ele eventualmente torna-se Hokage e mal importa qual o ranque dele na sociedade dos ninjas. Todos sabem qual o poder dele no fim da história.
Boruto pode ser assistido na Netflix.