Ozark é uma das séries mais populares da Netflix, e além de fazer grande sucesso com o público, se destaca nas premiações mais importantes da indústria. Ancorada por poderosas performances de Jason Bateman, Laura Linney e Julia Garner, a produção lançou recentemente a primeira parte de sua temporada final. Mesmo com o desfecho em vista, fãs querem saber: por que Ozark é tão azul?
Desde a primeira temporada, a estética de Ozark chama atenção. A produção utiliza tons frios para caracterizar as mudanças dos Byrde e o cenário desolador da história, além de mostrar a entrada da família suburbana no mundo do crime e da violência.
Como os espectadores já desconfiavam, a estética azulada de Ozark não é uma coincidência ou acidente, mas sim uma acertada decisão narrativa, essencial para diferenciar a produção de outras tramas do gênero.
Em uma entrevista ao site Decider, o diretor de fotografia Ben Kutchins falou sobre suas inspirações e sobre o processo de criação da estética fria de Ozark; veja abaixo.
Por que Ozark é tão azul na Netflix? – Motivo explicado
No papo com o Decider, Ben Kutchins revelou sua principal inspiração para criar a estética de Ozark: o filme Klute, lançado em 1971 pelo lendário cineasta Gordon Wilson.
Kutchins creditou também o longa O Reino Animal, de David Michod, e os primeiros projetos de David Fincher como bases para a fotografia da série.
A estratégia parece ter dado certo, afinal, Ben Kutchins recebeu dois prêmios Emmy por seu trabalho em Ozark.
“Junto com o Jason Bateman, minha intenção era criar algo único para Ozark, um look particular e inconfundível”, explicou o diretor de fotografia.
Ben falou também sobre a maneira que as decisões foram tomadas no início da produção, que estreou originalmente na Netflix em julho de 2017.
“Desde o início, queríamos tomar decisões ousadas. Acho que isso pode ser percebido na maneira que narramos as histórias, e da forma como editamos os episódios”, comentou Kutchins.
Mas afinal, como a produção consegue deixar Ozark tão azul na Netflix?
Segundo Kutchins, a série utiliza uma lente azul-ciano acoplada a todas as câmeras, além de realizar correção de cores e edição de luzes no processo de pós-produção.
De qualquer forma, mesmo quem não entende esses jargões técnicos, pode reconhecer Ozark à distância, graças à sua tonalidade fria, obscura e marcada por tons de azul.
Por isso, a estética da série já foi comparada à do primeiro filme da Saga Crepúsculo, ambientado na fria cidade de Forks.
A primeira parte da 4ª (e última) temporada de Ozark já está disponível na Netflix.