Vikings: Valhalla, tal qual a série original que a precede, é baseada em figuras históricas ou lendas nórdicas. Isso não quer dizer que tudo seja verdade nos seriados.
Enquanto a original acompanhava Ragnar Lothbrok e os filhos dele, a continuação na Netflix mostra Leif Erikson, Freydís Eiríksdóttir e outros vikings famosos e se passa um século após a original.
Dito isso, veremos alguns pontos que são, ou não, verdade em Vikings: Valhalla, conforme apontado pelo ScreenRant.
A história de Freydís Eiríksdóttir
A história de Freydís veio por meio de lendas, mas acredita-se que ela tenha existido na vida real, sendo filha de Erik, o Vermelho.
Há duas versões da história. Uma delas descreve-a como irmã de Leif. Ela teria retornado a Vinlândia sem Leif e teria feito um acordo com dois homens da Islândia, chamados Helgi e Finnbogi. O plano seria viajar para a Vinlândia e dividir os lucros igualmente.
Eles teriam se desentendido e, após se resolverem, ela disse ao marido que eles bateram nela. Freydís exige que ele se vingue em nome dela, ou se divorciaria. O marido junta os homens dele e mata os irmãos enquanto eles dormiam.
Ele se recusou a matar as mulheres no acampamento, então Freydís pegou um machado e as matou por conta própria, ameaçando matar todos que contassem sobre os assassinatos.
Ao retornar para a Groenlândia, Leif fica sabendo o que aconteceu. Ele decide não banir Freydís, apesar dela merecer, mas prevê que os descendentes dela terão pouca prosperidade.
A segunda versão está na saga de Erik, o Vermelho, e a retrata como uma guerreira sem medo e meia-irmã de Leif. Ela estava grávida nessa versão ao viajaram para a Vinlândia, o que não a impediu de lutar quando a população local atacou os Vikinigs. Conforme os homens dela fugiram, Freydís confrontou os inimigos sozinha e conseguiu afugentar os nativos.
Em Vikings: Valhalla, a história dela é diferente das sagas, que não mencionam conflitos entre ela e os cristãos.
A queda da Ponte de Londres
Em Vikings: Valhalla, a queda da Ponte de Londres foi causada por um plano de Leif, em que Canute e o exército dele enganaram o Rei Edmund a fazer as tropas atravessarem a ponte, para que eles ficassem presos lá.
O plano dá certo e Leif, Harald e Liv enfraquecem a estrutura, enquanto Olaf Haraldsson amarra os navios à estrutura para destruí-la.
Na vida real, a ponte foi destruída de forma diferente e Leif não estava envolvida. A ponte havia sido destruída previamente e pode ter sido reconstruída pelo rei Æthelred, em por volta de 990 a fim de agilizar a movimentação das tropas dele contra Sweyn Forkbeard, pai de Canute.
A ponte pode ter sido destruída novamente em 1014 por Olaf, a fim de dividir as tropas dinamarquesas e não por vingança, como é na série.
Rei Canute da Inglaterra
Canute foi capaz de assumir a Inglaterra e o trono através da queda da ponte de Londres, mas na vida real, aconteceu de forma diferente.
De acordo com o manuscrito da Crônica de Peterborough, Canute chegou à Inglaterra em 1015, e Wessex, governado pela dinastia de Æthelred, submeteu-se a Canute como havia feito a seu pai anos antes. Canute mais tarde assumiu Northumbria enquanto Edmund permaneceu em Londres, atrás de seus muros, e foi eleito rei após a morte de Æthelred.
Parte de seu exército mais tarde sitiou Londres, Canute navegou para Essex, devastou Mercia e, em 1016, se encontrou com Edmund para negociar termos de paz. Eles concordaram que toda a Inglaterra ao norte do Tâmisa seria o domínio de Canute, enquanto o sul (junto com Londres) seria mantido por Edmund. O trono da Inglaterra passaria para Canute após a morte de Edmund, e poucas semanas após o rearranjo, Edmund morreu e Canute foi coroado rei de toda a Inglaterra.
A morte do Rei Edmund
Esse é outro ponto diferente da vida real em relação a Vikings: Valhalla. Edmund morreu em 30 de novembro de 1016. A localização precisa é desconhecida, mas acredita-se que tenha acontecido em Londres.
Há diferentes versões acerca do que teria acontecido. Henry Huntingdon diz que ele foi esfaqueado muitas vezes enquanto defecava. Já Geoffrey Gaimar diz que ele morreu na mesma posição, mas tendo sido acertado por disparo de besta.
Outra versão é que ele morreu por conta de ferimentos sofridos em batalha, ou por conta de uma doença.
Jarl Haakon
Vikings: Valhalla apresenta aos espectadores Jarl Haakon, governante de Kattegat, cujo marido foi assassinado por cristãos por se recusar a abandonar suas crenças pagãs.
Jarl Haakon é a primeira governante viking negro no universo dos vikings, mas essa personagem é na verdade baseada em Haakon Ericsson, com algumas grandes diferenças.
Haakon Ericsson era conde de Lade e governador da Noruega como vassalo do rei Canute. Acredita-se que sua mãe tenha sido Gytha, filha de Sweyn Forkbeard e meia-irmã de Canute.
Ele governou como vassalo dinamarquês de 1012 a 1015 até que Olaf Haraldsson retornou e se declarou rei. Haakon então fugiu para a Inglaterra, onde Canute o fez conde de Worcester. Ele morreu em um naufrágio no Pentland Firth, no final de 1029 ou início de 1030.
As crenças de Leif Eriksson
De acordo com a Saga de Erik, o Vermelho, antes da viagem que o levaria a Vinlândia, Leif passou um tempo na corte do rei norueguês Olaf Tryggvesson, onde se converteu ao cristianismo.
Leif estava realmente a caminho de apresentar o cristianismo aos groenlandeses quando uma tempestade o obrigou a sair do curso, levando-o para Vinlândia.
Vikings: Valhalla indicou que esta parte da história de Leif Erikson seria abordada em um futuro próximo através da cruz que ele recebeu de uma garotinha que pensou que estava morrendo, o que fez ele começar a acreditar que isso o salvou e a Liv também.