A série Game of Thrones fez inúmeras mudanças em relação aos livros originais. Uma dessas diz respeito a Euron Greyjoy, que tem papel muito mais proeminente nos romances de George R.R. Martin.
De fato, o personagem não somente trilha um caminho diferente, como essencialmente teve história roubada na série, transferida para um vilão criado exclusivamente para o seriado da HBO: o Rei da Noite.
Nos livros, no entanto, tudo aponta para ele ser um dos maiores – se não o maior – antagonista das Crônicas de Gelo e Fogo.
Euron foi transformado no Rei da Noite – até certo ponto
O Rei da Noite emergiu como um dos principais vilões de Game of Thrones após sua introdução no episódio Hardhome, da 5ª temporada (depois de aparecer brevemente no episódio Oathkeeper da 4ª temporada).
Já Euron atuou como uma espécie de antagonista terciário e depois secundário.
Ambos os personagens não receberam muita desenvolvimento, mas foi o Rei da Noite que foi estabelecido como a grande ameaça, já que ele podia ressuscitar e controlar os mortos. Euron era um habilidoso pirata, mas é difícil comparar com necromancia.
Na 7ª temporada, no episódio Beyond The Wall, o Rei da Noite fez seu movimento mais impactante até então, matando um dos dragões de Daenerys e ressuscitando-o no mesmo episódio.
Depois disso, ele mostrou ter controle completo sobre Viserion. Esse foi o primeiro sinal de que Game of Thrones estava se inspirando nos livros para criar o Rei da Noite, um personagem que não existe nas obras de Martin.
Em vez disso, isso é semelhante a algo que Euron planeja nos livros: ele envia seu irmão Victarion para conquistar a mão de Daenerys em casamento. Ele leva consigo a “dragonbinder”, um artefato mágico que supostamente pode subjugar um dragão à vontade do mestre.
Euron não quer apenas a Mãe dos Dragões, mas também um de seus filhos.
A 8ª temporada de Game of Thrones também faz uma referência a isso quando Euron consegue matar um dragão, mas não é exatamente o mesmo que controlá-lo.
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Quanto ao uso do dragão pelo Rei da Noite, isso também está relacionado com o grande plano de Euron nos livros.
No final do 7º ano, no episódio The Dragon and the Wolf, o Rei da Noite faz com que Viserion destrua a Muralha, permitindo que o exército dos mortos a atravesse.
Em As Crônicas de Gelo e Fogo, a história de Euron o leva próximo de Vilavelha, onde se acredita que o Chifre de Joramun, também conhecido como o Chifre do Inverno, está em posse de Samwell Tarly.
Acredita-se que soprar o chifre fará a Muralha cair, e se Euron conseguir colocar as mãos nele, ele certamente tentará fazer exatamente isso.
Por que Euron deseja um dragão e por que ele quer derrubar a Muralha?
Euron mostrou ser bastante louco, mas também é astuto, malévolo e profundamente envolvido em magia negra.
Um capítulo divulgado como prévia de Os Ventos do Inverno chamado, narrado pelo irmão de Euron, Aeron, dá suporte à teoria de que o que Euron mais deseja é provocar um apocalipse, permitindo que ele renasça como um Deus (afogado).
Isso significa que Euron deseja a destruição de Westeros, quer um dragão e quer derrubar a Muralha – permitindo que os Outros devastem os Sete Reinos – para alcançar esse objetivo.
Esses objetivos se encaixam no plano do Rei da Noite na 8ª temporada de Game of Thrones.
Por fim, o Rei da Noite tem uma história antiga com o Corvo de Três Olhos, que antes era conhecido como Brynden Rivers. Nos livros, foi sugerido que Euron também tem uma conexão com Rivers, seja como um aprendiz fracassado ou talvez até mesmo trabalhando para ele.
É possível que os showrunners de Game of Thrones tenham tirado as motivações do Rei da Noite a partir disso.
Embora muito disso dependa de onde George R. R. Martin leve sua história, já está bastante claro que o Rei da Noite de Game of Thrones tomou emprestado muitos elementos da história de Euron nos livros e podemos esperar muito estrago sendo causado pelo Greyjoy nos livros.
