O Problema dos 3 Corpos é uma das séries mais ambiciosas da Netflix. Vamos ver como ela recria um período importante da vida real.
A série dramática é uma adaptação da trilogia de livros de ficção científica do autor chinês Liu Cixin, The Three-Body Problem, a história do primeiro contato da humanidade com uma civilização alienígena.
O elenco inclui Jovan Adepo, John Bradley, Liam Cunningham, Eiza González, Jess Hong, Marlo Kelly, Alex Sharp, Sea Shimooka, Zine Tseng, Saamer Usmani, Benedict Wong, Jonathan Pryce, Rosalind Chao, Ben Schnetzer e Eve Ridley.
Benioff e Weiss atuam como showrunners e produtores executivos. Woo co-criou a série com Benioff e Weiss e é produtor executivo e roteirista.
Bernadette Caulfield (Game of Thrones, Arquivo X) é produtora executiva. Rian Johnson (Knives Out, Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi), Ram Bergman e Nena Rodrigue são produtores executivos.
O diretor indicado ao Oscar Derek Tsang (Better Days) está entre os diretores da série.
Continue lendo para saber como a Revolução Cultural chinesa foi recriada em O Problema dos 3 Corpos.
Como O Problema dos 3 Corpos recria a Revolução Cultural Chinesa
O Problema dos 3 Corpos se desenrola ao longo de várias décadas e planos de existência diferentes. A série da Netflix aborda desde a Revolução Cultural da China na década de 1960, até o Reino Unido nos dias atuais, passando por Nova York e até um mundo épico de realidade virtual.
O mundo de realidade virtual, criado pelos San-Ti, leva os jogadores da Dinastia Shang da China até a Inglaterra dos Tudors, mostrando a destruição caótica do planeta deles durante as “eras de instabilidade”, causadas pelo sistema solar de três estrelas (que cria o tal problema dos três corpos).
Nas primeiras cenas, ambientadas na China da década de 1960, durante a Revolução Cultural, o diretor Derek Tsang combinou suas habilidades artísticas com experiências da vida real.
“Abordamos um evento histórico, uma era histórica, então, era muito importante recriar a China das décadas de 1960 e 1970 com precisão. Sou chinês, então cresci ouvindo histórias de pessoas que viveram a Revolução Cultural. Sempre foi uma parte fascinante da cultura do meu país. Então, sempre quis fazer um filme ou contar uma história sobre as pessoas desse período, porque há muitas vidas e aventuras que merecem ser contadas.”
Tsang leu muitos livros e assistiu a inúmeros filmes sobre a Revolução Cultural, mas o mais útil foi conversar com pessoas que viveram essa época.
“Ouvir as histórias direto da boca das pessoas me ajudou muito porque elas contavam detalhes extremamente minuciosos sobre os comportamentos daquela época. Por exemplo, às vezes, era preciso evitar o contato visual. Os pequenos toques humanos que essas pessoas descreveram são elementos que eu quis incluir com muita precisão nesse projeto. Foi um processo de pesquisa cansativo, mas muito gratificante.”
Um dos criadores da série, D.B. Weiss comenta sobre o trabalho de Tsang: “Queríamos alguém que tivesse crescido conhecendo as histórias por trás das cenas que teria que filmar, e também alguém que falasse mandarim. Queríamos manter a maior fidelidade possível nas primeiras cenas, porque são coisas que aconteceram de verdade. Existem pessoas que passaram por tudo isso e sofreram, pessoas que ainda estão vivas, que perderam suas famílias na Revolução Cultural. Então, queríamos transmitir a realidade do que aconteceu com elas.”
O Problema dos 3 Corpos está disponível na Netflix.