Ao longo da história, o fato de ser uma mulher à frente de seu tempo geralmente trazia graves consequências. Para Claire, de Outlander, isso significava ser julgada (e quase queimada em uma fogueira) por bruxaria.
Já no caso de Lidia Poët, isso significava entrar em conflito com os tribunais italianos e ser expulsa da Ordem dos Advogados. A história dela é contada na série As Leis de Lidia Poët, que pode agradar os fãs de Outlander, que se interessam por obras com fortes protagonistas mulheres, e que esperam pela 8ª temporada.
Baseado na história real de uma das primeiras advogadas da Itália, a série acompanha a advogada titular (Matilda De Angelis) em sua tentativa de exercer a advocacia em Turim, na Itália, no final do século XIX.
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Ela acaba sendo expulsa da Ordem depois de apenas três meses (por causa do sexismo) e é forçada a ser assistente de seu irmão advogado Enrico (Pier Luigi Pasino). Mas uma mulher forte e teimosa como Lidia não vai se esconder nas sombras. Não quando ela está atrás de um pouco de justiça poética.
A série destaca a determinação de Lidia em superar os obstáculos impostos pelo sistema patriarcal, oferecendo uma visão fascinante sobre a luta pelos direitos das mulheres e o avanço na profissão jurídica.
Lidia Poët, interpretada com maestria por Matilda De Angelis, é retratada como uma mulher inteligente, corajosa e determinada, que se recusa a aceitar o status quo.
A personagem luta incessantemente para ser reconhecida como advogada em uma época em que as mulheres eram severamente limitadas em suas escolhas profissionais.
A produção explora não apenas os desafios legais enfrentados por Lidia, mas também as dificuldades pessoais que ela enfrenta ao desafiar as normas sociais de seu tempo. Sua jornada se torna um símbolo de resistência e esperança para as mulheres que vieram depois dela.
Mais sobre As Leis de Lidia Poët
Tal qual Outlander, a ambientação da série é um dos seus pontos fortes, transportando os espectadores para a Itália do século XIX com cenários detalhados e uma direção de arte que captura a essência da época. A produção recria de forma autêntica a atmosfera de uma sociedade em transição, onde as ideias de modernidade começavam a surgir, mas ainda enfrentavam forte resistência.
Esse contraste entre o velho e o novo, entre tradição e inovação, é refletido na própria trajetória de Lidia, que se posiciona como uma agente de mudança em um mundo relutante em aceitar o progresso.
Outro aspecto notável de As Leis de Lidia Poët é a forma como a série aborda as questões jurídicas. Cada episódio apresenta casos complexos que Lidia é chamada a resolver, muitos dos quais são inspirados em situações reais enfrentadas por ela.
Esses casos não apenas mostram a habilidade legal da personagem principal, mas também servem como críticas às injustiças do sistema jurídico da época, especialmente em relação aos direitos das mulheres e das classes menos favorecidas.
Outra similaridade entre as duas séries é o foco na relação de Lidia com sua família, que é central à narrativa. Apesar do apoio inicial relutante de seu irmão, que também é advogado, Lidia encontra em sua família tanto desafios quanto suporte emocional.
As tensões familiares refletem os conflitos internos e externos que Lidia enfrenta, tornando sua história ainda mais rica e multifacetada. A série mostra como essas dinâmicas familiares influenciam suas decisões e a moldam como profissional e como pessoa, evidenciando a importância do apoio familiar em sua jornada.
Tanto Outlander, quanto As Leis de Lidia Poët estão disponíveis na Netflix.
