Desconcertante

Filme mais bizarro da carreira de Scarlett Johansson está no Max

Ficção científica com atriz da Marvel é um dos melhores filmes da carreira dela

Sob a Pele
Sob a Pele

Scarlett Johansson pode ser mais conhecida por interpretar a Viúva Negra no Universo Cinematográfico Marvel, mas ela conta com excelentes filmes em seu currículo. Um deles é Sob a Pele, que certamente é o mais bizarro da sua carreira.

Dirigido por Jonathan Glazer, o longa-metragem desafia as convenções tradicionais do gênero de ficção científica ao explorar a alienação, a identidade e a condição humana.

Protagonizado por Johansson, a obra segue a trajetória de uma misteriosa mulher alienígena que percorre as ruas de Glasgow, na Escócia, em busca de homens solitários.

Através de sua atmosfera hipnotizante e narrativa minimalista, Sob a Pele cria uma experiência perturbadora, que exige do espectador uma interpretação pessoal dos eventos apresentados.

O enredo do filme se desenrola em uma sequência de cenas muitas vezes desprovidas de diálogos, onde a protagonista seduz e captura homens, levando-os para um destino desconhecido.

Essas interações são filmadas de forma quase documental, utilizando câmeras escondidas para capturar reações genuínas dos transeuntes. Isso cria uma sensação de realismo e estranheza, ao mesmo tempo em que estabelece um contraste entre a alienígena e o mundo ao seu redor.

A ausência de uma explicação explícita para as motivações da protagonista e o propósito de suas ações contribuem para o caráter enigmático do filme.

Sob a Pele está disponível no Max
Sob a Pele está disponível no Max

Mais sobre Sob a Pele

A performance de Scarlett Johansson é central para o impacto de Sob a Pele. Como a alienígena, ela entrega uma atuação contida, muitas vezes desprovida de emoções humanas, o que intensifica a sensação de desorientação e mistério.

Seu olhar vazio e comportamento mecânico destacam sua natureza não-humana, enquanto sua aparência atraente é usada como uma ferramenta para atrair suas presas. No entanto, à medida que o filme avança, a personagem começa a questionar sua própria identidade e propósito, levando a um desenvolvimento inesperado que culmina em uma desconstrução de sua figura.

Outro aspecto fascinante de Sob a Pele é a forma como o filme subverte as expectativas do gênero de ficção científica. Em vez de se concentrar em efeitos especiais espetaculares ou em uma narrativa tradicional de invasão alienígena, Glazer opta por uma abordagem mais introspectiva e contemplativa.

O filme questiona a natureza da humanidade e o que significa ser humano, explorando a moralidade e a empatia sob a perspectiva de uma entidade que inicialmente parece desprovida de tais características.

A questão do corpo feminino e da objetificação também é um tema relevante no filme. A alienígena usa sua aparência física para atrair suas vítimas, explorando a vulnerabilidade dos homens solitários. No entanto, à medida que ela começa a se conectar com a humanidade, essa objetificação é gradualmente questionada e desconstruída.

O filme oferece uma crítica sutil à forma como as mulheres são frequentemente vistas e tratadas na sociedade, utilizando a figura da alienígena para explorar essas questões de forma complexa e ambígua.

A recepção crítica a Sob a Pele foi amplamente positiva, com muitos elogiando sua originalidade, a atuação de Johansson e a direção de Glazer. No entanto, também foi um filme que dividiu opiniões, com alguns espectadores achando sua narrativa lenta e desconcertante.

Sob a Pele está disponível no Max.

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