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Crítica: Terrifier 3 usa o chocante para divertir e consagra Art como um dos melhores vilões do terror

Damien Leone não mede esforços para marcar o terceiro longa da franquia como um dos filmes mais violentos da década

Terrifier 3

Em 2013, quando Damien Leone lançou seu primeiro filme, intitulado All Hallow’s Eve, ele não imaginava o quanto a sua vida e o cinema de horror mudariam graças à produção. Ao criar todo o universo, e a mítica da história, Leone daria vida a uma das franquias mais peculiares da atualidade e que se tornaria um sucesso entre os fãs de terror, a de Terrifier.

Agora, em Terrifier 3, vemos uma história muito mais robusta que a de 2013, cujos atos cruéis marcam a vida de diversos personagens e servem como fio condutor para o que está por vir.

Dessa vez, cinco anos após os acontecimentos de Terrifier 2, acompanhamos Sienna Shaw (Lauren LaVera) tentando lidar com os traumas do passado e, enfim, ter uma vida normal ao lado de sua tia e sua prima Gabbie (Antonella Rose). Ela só não contava que o Palhaço Art (David Howard Thornton) estaria, mais uma vez, em busca de acabar com a sua vida – nem que isso cause um banho de sangue pela cidade.

Terrifier 3
Terrifier 3

Brutalidade, pânico e sangue

Mais uma vez, o grande destaque do filme é o co-protagonista Art, que além de muito mais cruel e sem escrúpulos, entrega o tradicional carisma do palhaço e faz com que, inúmeras vezes, o público se divirta com as suas peripécias. David Howard Thornton abraçou ainda mais seu personagem, como se ambos fizessem uma simbiose e se tornassem um só, dando toques de estranheza e insanidade necessários para que mais uma vez sua performance se tornasse marcante.

E por falar em insanidade, é no terceiro capítulo da saga que acompanhamos algumas das cenas mais brutais da franquia, ainda que nem tudo seja mostrado explicitamente. De corpos dilacerados até ataques em shoppings, Leone usa e abusa do chocante para causar o impacto na cabeça – e até no estômago – de quem está assistindo. E se isso é ruim? De jeito nenhum, afinal, quem acompanha os filmes sabe o que vem por aí e, de certa forma, até torce para que a vilania de Art se supere a cada longa e use seu saco de apetrechos da melhor forma.

Se as atuações fracas e sem emoção incomodavam nas primeiras produções, pode-se dizer que dessa vez elas deram um salto um tanto positivo. Apesar de não serem nada dignos de premiação – e muitas vezes lembrarem até uma comédia pastelão –, o elenco conseguiu conquistar o mínimo de atenção, como é o caso do próprio Art e até da protagonista Sienna

Leone sabe usar suas técnicas de baixo orçamento para causar o desconforto, e abusar de efeitos práticos de uma forma interessante e diabólica, fazendo com que as pessoas se contraiam nas cadeiras imaginando qual será a próxima atrocidade em tela. Inclusive, é graças a essa irreverência em tela que a franquia caiu no gosto popular e faz com que muitas pessoas se divirtam assistindo o massacre causado pelo palhaço.

Com planos para mais dois filmes, as vidas de Sienna e Art devem se cruzar mais algumas vezes, recheadas de brutalidade, pânico e sangue (muito sangue). E para quem assiste, com certeza será um deleite gargalhar com as ações inimagináveis do próprio diretor Damien Leone e, é claro, do assassino mais carismático da cultura pop.

Terrifier 3 está em exibição nos cinemas.

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