A franquia Alien sempre foi marcada por sua protagonista icônica, Ellen Ripley, interpretada por Sigourney Weaver. No entanto, após sua última aparição em Alien: A Ressurreição (1997), a personagem não retornou às telas, deixando muitos fãs se perguntando sobre seu destino.
Com o foco em histórias prequels, iniciadas com Prometheus (2012), a expectativa por uma possível volta da personagem foi sendo gradualmente deixada de lado. Contudo, em Alien: Romulus, um novo capítulo da saga, a figura de Ripley está presente o tempo todo – mas de uma forma extremamente sutil.
Embora Alien: Romulus se concentre em novos personagens, Rain e Andy, a franquia não abandonou completamente os elementos dos filmes anteriores. E, mesmo que Ripley não seja uma das protagonistas da trama, ela tem uma participação secreta que pode passar despercebida por muitos. A chave para sua presença está na nave que ela usava no primeiro filme, a Nostromo.
A cápsula de Ripley: uma presença constante
Logo no começo do filme, vemos cientistas da Weyland-Yutani investigando os destroços da Nostromo, incluindo o casulo do primeiro Xenomorfo. Contudo, o que muitos podem não perceber é que, entre os artefatos recuperados, está também a cápsula de Ripley.
A primeira aparição do artefato ocorre aos 67 minutos de Alien: Romulus, quando a cápsula é visível ao fundo durante uma cena tensa. Kay, um dos cientistas, é perseguido pelo Xenomorfo no hangar da estação espacial, e a cápsula pode ser vista flutuando verticalmente em um corredor. A segunda vez, ela surge aos 86 minutos, no momento da colisão da estação Romulus. Neste cenário catastrófico, a cápsula aparece em um canto da tela, insinuando sua sobrevivência.
Este simples detalhe altera a dinâmica da história, pois o conhecimento da presença de Ripley na estação traz um novo nível de tensão à trama. Sabemos que ela está em sono criogênico e que, embora o Xenomorfo represente uma ameaça iminente, ela já tem experiência com a criatura.
Um vínculo entre passado e futuro
A presença da personagem no espaço também estabelece uma conexão interessante entre ela e a criatura que assombrava sua vida desde o primeiro filme. Ao saber que a cápsula de Ripley está à mercê dos mesmos Xenomorfos, a história de Alien parece estar repetindo seus passos de maneira inquietante. Se a cientista fosse acordada a tempo, a batalha entre ela e o monstro poderia ter se tornado inevitável.
A maneira como Alien: Romulus conecta Ripley ao universo original, sem forçar sua presença ou tirar o foco dos novos protagonistas, é uma homenagem inteligente à história da franquia. A aparição de sua cápsula adiciona uma camada de tensão aos olhos mais atentos que perceberam a referência no filme, e também amplia a mitologia dos Xenomorfos, sugerindo que, mesmo em um novo capítulo, o legado de Ripley e sua conexão com a ameaça alienígena permanece intacto.
Esses detalhes sutis deixam claro que Ripley é, talvez, uma das partes mais essenciais do universo — mesmo sem estar fisicamente presente. Seu papel como uma referência constante a todos os eventos anteriores e como uma memória viva é uma das formas mais brilhantes de integrar o legado da personagem à narrativa de Romulus.
Alien: Romulus está disponível no Disney+.