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Final de Virgem Maria explicado: O que acontece com Maria após seu retorno ao templo

O longa da Netflix reimagina a história da mãe de Cristo em um épico bíblico com um olhar contemporâneo.

Virgem Maria da Netflix
Virgem Maria da Netflix

A Netflix surpreendeu ao trazer uma abordagem inédita para a história de Maria, a mãe de Jesus, em Virgem Maria. O filme, além de recriar o cenário bíblico, explora os desafios de Maria como uma jovem em busca de sua identidade e propósito. Com elementos históricos e fictícios, o longa cativa ao apresentar um lado mais humano de Maria, indo além da figura religiosa que muitos conhecem.

A narrativa começa com um tom introspectivo, mostrando os pais de Maria, Joaquim e Ana, recebendo a visita do anjo Gabriel, que anuncia o nascimento da futura mãe de Jesus. Desde os primeiros momentos, o filme estabelece a importância da fé e da determinação dos personagens, preparando o terreno para a jornada de Maria. Enquanto a trama avança, o público acompanha sua infância no templo, sua juventude e os desafios de uma gravidez divina em tempos turbulentos.

O clímax de Virgem Maria se dá com o retorno de Maria e José a Nazaré após apresentarem Jesus no templo. O encontro com Ana, a profetisa, e os avós do menino marca um encerramento emocionante. O filme finaliza com um tom de esperança, destacando a força da fé e da família em tempos de adversidade. Herodes, o tirano que ameaçou a segurança da família, é finalmente derrotado pela insatisfação de seu povo, encerrando sua busca desesperada pelo messias.

O filme não se limita aos eventos bíblicos conhecidos, mas expande a história para incluir interpretações criativas. Ele sugere que Maria e José tiveram uma vida tranquila em Nazaré após os eventos narrados, como mencionado em alguns evangelhos. 

As influências de Gabriel e Satanás

Ao longo da história, o anjo Gabriel desempenha um papel crucial. Ao longo da narrativa, ele se torna um “guia” para Maria e outros personagens. Suas interações são complementadas por momentos de tentação apresentados por Satanás, que testam a fé de Maria e acrescentam tensão dramática à narrativa. Essas cenas, embora não sejam baseadas diretamente nas escrituras, criam um dinamismo que prende a atenção do público.

Esses momentos, junto com o uso de figuras como Herodes e a fuga para o Egito, refletem o esforço do diretor em equilibrar a fidelidade histórica com a necessidade de contar uma história cativante para um público moderno. O filme não se esquiva de dramatizar os acontecimentos, adicionando camadas que ajudam a explorar os dilemas internos de Maria.

Apesar de sua popularidade, o filme recebeu críticas de estudiosos religiosos por suas licenças poéticas. Elementos como a romantização do encontro de Maria e José ou as cenas de confronto entre Gabriel e Satanás foram vistas como desvios das narrativas tradicionais. Ainda assim, essas escolhas artísticas reforçam o objetivo do diretor D. J. Caruso em tornar a história de Maria mais acessível e relevante.

A decisão de humanizar Maria, apresentando-a como uma jovem comum lidando com desafios extraordinários, ressoou positivamente com muitos espectadores. Essa abordagem oferece uma perspectiva mais íntima e contemporânea da personagem, destacando sua força e resiliência em um mundo que frequentemente parecia estar contra ela.

Além das liberdades criativas, Virgem Maria também mistura elementos dos evangelhos de Mateus e Lucas, resultando em uma narrativa rica. A escolha de incluir aspectos menos conhecidos da tradição cristã e de explorar a figura de Herodes como um vilão complexo dá profundidade à história. A decisão de lançar o filme próximo ao Natal reforça seu apelo emocional, conectando o público ao espírito da época.

Virgem Maria está disponível na Netflix.

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