Constantemente histórias de coragem e resistência durante a Segunda Guerra Mundial são exploradas e continuam a fascinar o público ao redor do mundo. Seja por meio de livros, documentários ou grandes produções cinematográficas, essas narrativas resgatam personagens que desafiaram o impossível em nome da jutiça e liberdade. Recentemente, um novo filme da Netflix trouxe à tona mais uma dessas histórias, destacando um herói até então pouco conhecido fora de seu país de origem.
O título do filme, à primeira vista, pode soar enigmático, mas sua trama e seu protagonista logo se revelam ao público como elementos essenciais de um dos momentos mais críticos na história da humanidade. Em tempos de ocupação nazista, quando o mundo parecia desmoronar diante do avanço das forças do Terceiro Reich, algumas figuras anônimas se tornaram símbolos de resistência, realizando atos de heroísmo que hoje ganham a tela. Número 24, dirigido por John Andreas Andersen, é uma cinebiografia que retrata a vida de Gunnar Sønsteby, um dos maiores heróis da resistência norueguesa durante a Segunda Guerra Mundial.
Além de oferecer uma aula de história, o longa-metragem é uma homenagem ao espírito de um jovem contador que decidiu lutar pela liberdade de sua nação. Gunnar Sønsteby, interpretado por August Wittgenstein, era um homem comum que, aos 22 anos, viu sua vida virar de cabeça para baixo com a ocupação nazista na Noruega. Assumindo o codinome “Kjakan” e utilizando mais de 30 identidades falsas, ele liderou o grupo conhecido como “Gangue de Oslo” em missões ousadas de sabotagem que iam desde fábricas de armamentos até documentos oficiais.
O filme explora não apenas a luta de Sønsteby contra o inimigo, mas também sua habilidade singular de enganar a todos. Com sua aparência comum e talentos como falsificador, ele se tornou um mestre do disfarce, criando identidades para escapar das perseguições. Ao longo de sua jornada, Sønsteby realizou feitos memoráveis, como o roubo de placas de impressão de notas do banco estatal norueguês, que foram contrabandeadas para financiar operações da resistência.
Outro episódio marcante foi o atentado à sede da Gestapo em Oslo, na véspera de Ano Novo de 1944, uma ação que enfraqueceu as forças alemãs e reforçou o espírito de luta dos noruegueses. Além disso, Número 24 também aborda a complexidade do período, retratando o papel estratégico da Noruega durante a Segunda Guerra Mundial. O país, embora neutro, era essencial para os planos nazistas devido à sua localização e recursos.