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Crítica | The Walking Dead - 8ª temporada

A oitava temporada de The Walking Dead tinha duas missões:  retomar seus números de audiência que estão caindo nas últimas temporadas e voltar a agradar aos fãs. Quanto a primeira missão, a série falhou. Não é um problema a ser ignorado pelos produtores, mas The Walking Dead ainda é a série mais assistida aos domingos nos Estados Unidos. Quanto a sua segunda missão, pode se dizer que houveram tentativas.

A série cresceu tanto que conta com um spin-off ativo e o programa Talking Dead, que só existe para discutir os acontecimentos da trama. Acontecimentos que estão incomodando os fãs, que estão parando de assistir a série. Dentre as reclamações, o público dizia que não sentiam medo mais pelas personagens da série. Então, a oitava temporada trouxe a morte de personagens grandes, mas ainda assim houve muita reclamação. A morte de um deles simboliza toda a continuidade da série, e esse tipo de decisão é trazer de volta o que o show propunha. Ainda assim, esperava-se baixas mais significantes em outros momentos da série, como o ápice da guerra com os Salvadores.

O grande problema da série é seu formato. The Walking Dead não consegue conduzir seu roteiro de forma a preencher bem seus 16 episódios. Assim, a oitava temporada continua trazendo cenas desnecessárias e sequências que não dão em lugar nenhum, onde somente se acrescenta um artifício de roteiro ruim. Além disso, a proposta dessa temporada era finalmente colocar um ponto final na guerra em Negan e Rick. Desde a mid-season premiere que a série deixou claro para onde iria a trama. Assim, seu final previsível se mostrou entregue muito antes da hora.

Jeffrey Dean Morgan foi uma grande adição a série, e seu personagem traz tantos enredos ligado a si que faz com Os Salvadores sejam mais interessantes do que Alexandria, Hilltop ou o Reino. A grande quantidade de personagens trouxe a The Walking Dead um apanhado de situações desconexas, que se juntam ao final de uma forma sem graça e frustrante. A presença do grupo do lixão e das mulheres foi completamente desperdiçada. Principalmente o último que acaba por ter sua grande participação com algo desnecessário, depois de uma trama chata. Quando ao lixão, este trouxe viradas interessantes à série, mas seu final não acrescentou nada de novo à história.

No fim das contas, a temporada trouxe decisões ruins de roteiro para finalizar o que prometia ser o maior embate de Rick até agora, mas acabou sendo óbvia e sem emoção, mesmo com a sentimental perda no meio da temporada. A temporada poderia contar a mesma história de forma mais eficiente com pelo menos 3 episódios a menos e, se fosse lançada toda de uma vez, as revelações sobre o futuro não atrapalhariam tanto seu próprio fim. Não é a pior temporada de The Walking Dead, mas passa longe de ser a melhor. O único alívio que pode se dar aos fãs é que o vem por aí será totalmente diferente e, portanto, deve ser difícil ser tão óbvio de novo.

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