Netflix

A Netflix realmente dominou o mundo do entretenimento?

Nessa última terça-feira (dia 03 de julho) mais uma notícia relacionando a Netflix abalou o mundo da cultura pop. O canal de streaming passou a, simplesmente, ser a plataforma mais assistida nos Estados Unidos e a mais popular entre os jovens de todo o mundo, segundo o site Variety. O mais impressionante disso é a distância, que já abre uma margem de 7% com a TV aberta tradicional e 16% com o próprio Youtube.

Esses números realmente assustam qualquer pessoa que consuma e viva cotidianamente a indústria do entretenimento. Uma empresa que se fundou em 1997, mas começou realmente como uma ‘locadora virtual’ de filmes e séries em 2010, acaba de, simplesmente, dominar o país mais importante do planeta em termos do audiovisual. A concorrência tem cada vez mais ficado para trás.

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Mas quais os motivos que levam esse amplo domínio? Talvez um dos mais óbvios seja a comodidade. É muito mais simples para as pessoas do mundo inteiro ligarem sua TV, computador ou celular e simplesmente clicarem para assistir o que quiserem. Esse se torna, então, um diferencial, principalmente perante a pirataria.

Mesmo que essa ainda seja muito forte, não se pode negar como a força da Netflix conseguiu bater de frente com o download de arquivos ilegalmente. Essa queda, inclusive, também se mostra no estudo realizado pela IP Awareness Foundation, em 2015.  Fato esse se prova do mesmo modo na indústria da música, aonde o Spotify e a Apple Music tomaram conta do mercado.

Outro motivo bastante claro é o fato da escolha de sua programação. Não existe mais uma necessidade de esperar um determinado horário para ver o episódio de um seriado do gosto, agora a temporada completa já estreia e é possível de ser vista em maratona. Em um mundo aonde se preza muito pela liberdade de cada um poder fazer o que quiser, a plataforma vermelha se encaixa perfeitamente no modelo, que dá poder aos usuários de usufruí-la como bem entenderem.

Isso se encaixa muito no fato de como são os jovens a preferirem ter esse canal em suas casas. É uma diversidade imensa de conteúdo – dentre produções originais ou não – e que se complementa com o estudo/trabalho que essas pessoas tem, gerando uma ‘grade’ de programação pessoal perfeita. Não é toa que o público médio de telespectadores da empresa está entre 18 e 34 anos.

Falando sobre esse quesito da produção, é inegável também a quantidade de dinheiro que tem sido investido para esse amplo comando acontecer. Se anteriormente o consumidor ficava decepcionado de alguma obra da HBO não estar no catálogo, ou algum outro longa ter saído do mesmo, agora esse fica satisfeito quando abre sua conta e vê uma nova produção original Netflix. É quase como se fosse um novo selo de qualidade, gerando uma identificação realmente absurda com a marca.

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Para ilustrar o que foi falado acima, não se pode esquecer do caso de Sense8, que foi cancelado pelo canal de streaming e gerou uma ira de grande parte da base de fãs, aonde se mostravam inconformados com a atitude do cancelamento. Claro que isso abre para outras discussões, mas é importante observar como existe uma fidelização com o nome, quase como se tivesse uma carteirinha de fanático pela companhia.

Por fim, a questão financeira também não pode ser esquecida. Nesse universo da juventude aonde a condição salarial é pequena, um serviço que se pague pouco para muito acesso vira um diferencial. É muito mais barato pagar um mês do que tentar assistir vários lançamentos no cinema – pelo menos falando da realidade brasileira.

A Netflix, de fato, dominou a indústria do entretenimento, da produção e distribuição de filmes e séries. Mesmo que parte do mercado ainda não a tenha entendido, até por ser algo muito recente, a concorrência não tem condições de conseguir frear esse desenvolvimento, pelo simples fato de nenhuma outra ter sido a primeira. Até porque, se você parar para pensar, a ideia do canal de streaming nem é tão complexa ou complicada de ser feita, só não havia sido pensada antes, não é mesmo?

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