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Pacto de Sangue | Primeiras impressões da série

Nova série policial do Canal Space, Pacto de Sangue – que estreia nesta segunda-feira (27), às 22h30 – tem como cenário uma região até então pouco “explorada” pelas produções audiovisuais no Brasil, Belém do Pará.

Protagonizada por Guilherme Fontes, o roteiro mostra o dia a dia de uma típica família de classe média que conta com uma filha viciada em drogas, internada em uma clínica de reabilitação, e um pai que busca ascensão profissional como qualquer outro trabalhador.

Mas Silas Campello (Fontes) não é tão comum assim, ele conta com artifícios especiais para alavancar sua carreira de repórter policial em uma TV local. Suas reportagens contam com cenas fortes de violência e até de execução dos “inimigos da sociedade”. Eis o ingrediente para o sucesso.

No primeiro episódio fica claro que Silas não está sozinho. O jornalista tem um “produtor” de confiança, seu irmão Edinho Campello (Adriano Garib). Juntos, mas cada um a seu modo, ele produzem – literalmente – flagrantes para alcançarem seus objetivos: manter o poder em escusas e perigosas relações.

Durante uma entrevista com um chefe do tráfico de drogas, Silas e sua equipe, um cinegrafista e seu irmão, acabam presenciando a morte de uma quadrilha numa favela da periferia da cidade erguida sob palafitas, casas em cima de córregos. Tudo vai ar provocando enorme repercussão.

Pacto de Sangue também aborda tráfico de mulheres, exploração sexual e relações de poder. De forma rápida, mas intensa, o público já confere outra trama: rituais espirituais e polêmicos que envolvem o consumo de ervas medicinais típicas da região.

Durante os cultos, mulheres são submetidas a rituais pagãos sob a liderança de Gringa (Mel Lisboa), a dona de um resort que serve de fachada para o tráfico de mulheres e drogas. Eis outro tema que merece a atenção por toda a sequência e desdobramento.

De forma leve conhecemos um pouco da cultura local, mas ainda que Belém do Pará faça parte do nosso país, Pacto de Sangue deixa claro que o Brasil não conhece o Brasil. A criminalidade tem outros motivos e objetivos.

Guilherme Fontes e Adriano Garib dominam a cena contando com a participação especial de Fulvio Stefanini, um apresentador de TV que vê em Silas uma ameaça aos seus métodos mais éticos de se fazer TV. “É bom para o telespectador saber o que acontece de verdade. Alguém tem que abrir o olho do povo”, afirma Silas ao defender que suas reportagens são de interesse público.

Sob a criação de Lucas Vivo com direção do brasileiro Tomás Portella e do uruguaio Adrián Caetano e roteiro do argentino Patrício Vega e colaboração de Ricardo Grynszpan, a série em oito episódios de 45 minutos pode ganhar uma segunda temporada. Pacto de Sangue conta também com Jonathan Haagensen, André Ramiro, Ravel Cabral, Gracindo Jr e Paulo Miklos no elenco.

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