Tony Stark e Bruce Banner são duas das mentes mais geniais do Universo Marvel e mesmo assim fica difícil para eles explicarem como funciona o Reino Quântico e as viagens do tempo em Vingadores: Ultimato. Por isso, a Marvel conta com a ajuda de profissionais do mundo real para desenvolver a ciência de seus filmes.

O Dr. Clifford Johnson, professor de física na Universidade da Carolina do Sul, é um dos grandes consultores dos filmes do Universo Marvel. Ele já contribuiu com aspectos científicos de produções como Vingadores: Ultimato, Vingadores: Guerra Infinita, Thor: Ragnarok, entre outros.

Em entrevista a Entertainment Weekly, o Dr. Johnson falou sobre a ciência de Vingadores: Ultimato.

As viagens no tempo em Vingadores: Ultimato são diferentes do habitual

De acordo com o Dr. Clifford Johnson, seu papel é fazer com que a lógica por trás da ciência dos filmes fique ao menos plausível para quem está assistindo. Em Vingadores: Ultimato, sua consultoria foi voltada para o conceito de multiversos e as Jóias do Infinito, juntamente com teorias sobre as inúmeras linhas do tempo criadas.

“Meu trabalho é ajudá-los a contar a melhor história possível de um jeito que mantém o espectador concentrado no filme. Existem possibilidades em várias teorias que dizem que os multiversos surgem de equações. Ainda não temos confirmação se isso é verdade, mas temos esse conceito de múltiplos universos coexistindo e a possibilidade de pular de um pro outro. Tudo isso está na nossa imaginação é claro, não existe comprovação”, disse o cientista.

Considerando esses fatores, parece que as viagens no tempo de Vingadores: Ultimato tem uma explicação mais plausível do que as que são dadas em outras obras de ficção. Quando os Vingadores voltam no tempo para recuperar as Jóias do Infinito, eles descobrem que sua versão do passado se torna a do futuro e a do presente se torna a do passado, ou seja, independente das viagens, a vida deles segue sendo linear de certa forma.

Ainda sobre viagens no tempo, Dr. Johnson acrescenta.

“Se algum dia viagens no tempo se tornarem possíveis, sob qualquer perspectiva, será de uma maneira em que as regras do universo, incluindo a física quântica, vão constantemente conspirar para evitar que o universo crie paradoxos que não se resolvem. O próprio universo vai se proteger de toda a confusão gerada, porque por algum motivo, a regra mais duradoura do universo é a de que ele é compreensível”, conclui o físico.

Esse conceito pode ser visto em Vingadores: Ultimato, tanto na cena em que Tony Stark interage com seu pai, quanto na que Steve Rogers vai atrás de sua prometida dança com Peggy Carter. Ambos os momentos não alteram a existência dos personagens no futuro.

Esse processo é bem diferente do conceito utilizado em obras como De Volta Para o Futuro por exemplo, onde existe um paradoxo em que qualquer interação de um viajante no tempo no passado altera o futuro radicalmente.

Mesmo assim, para o Dr. Johnson, tentar fazer com que filmes de ficção como Vingadores: Ultimato tenham lógica em suas teorias é secundário, para ele o fundamental é retratar uma parte do trabalho de cientistas do mundo real no filme, mostrando como é necessário muito trabalho e estudo para fazer as coisas funcionarem.

“Em Vingadores: Ultimato eles fazem experimentos, eles arriscam e tentam aperfeiçoar tudo e eventualmente eles conseguem. Geralmente nesses filmes o que acontece é apenas ‘Precisamos fazer uma mágica científica aqui’ e tudo magicamente acontece. Não existe o processo e em Vingadores: Ultimato o processo foi mostrado, o que é interessante de se ver.”

O elenco confirmado de Vingadores: Ultimato inclui Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Mark Ruffalo, Paul Rudd, Don Cheadle, Bradley Cooper, Brie Larson, Karen Gillan, Josh Brolin, Gwyneth Paltrow, Jon Favreau e Tessa Thompson.

Anthony e Joe Russo (Vingadores: Guerra Infinita) retornam para a direção.

Vingadores: Ultimato está em exibição nos cinemas.