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Vilões de Homem-Aranha no MCU são mais humanos do que você imagina

ATENÇÃO: SPOILERS PARA HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA

Homem-Aranha: Longe de Casa chegou nos cinemas do mundo todo na última semana, marcando as segunda aventura solo do Cabeça de Teia de Tom Holland no Universo Cinematográfico da Marvel. Por enquanto, tem sido uma franquia consistente, mas com um elemento que se sobressai: os vilões.

Até agora, o Aranha de Holland enfrentou o Abutre de Michael Keaton em Homem-Aranha: Longe de Casa e o Mysterio de Jake Gyllenhaal na continuação, ambientada na Europa. Ambos os personagens têm algo em comum, e que os destaca da maioria dos antagonistas enlatados do MCU: são extremamente humanos e com a característica de serem operários. E não só isso, operários que, de alguma forma, foram trapaceados pelo sistema de Tony Stark.

Na primeira aventura solo de Tom Holland, Adrian Toomes lidera uma equipe de empreiteiros que cuidaria da reforma da Torre Stark após a grande batalha dos Vingadores em Nova York. Devido à interferência de Tony, que enviou uma equipe privada para cuidar da limpeza, Toomes e seus amigos acabaram demitidos e marginalizados. Casado e com uma filha, Toomes recorreu ao crime e ao contrabando de tecnologia alienígena para sustentar sua família, criando o traje tecnológico do Abutre para completar seus trabalhos e arquitetar um grande golpe na Torre Stark, onde visa roubar a tecnologia do Homem de Ferro para faturar ainda mais.

Já Quentin Beck tem um passado ainda mais próximo com Tony Stark. Em Longe de Casa, ele revela que foi o responsável por criar a tecnologia do BAFO, um sistema de realidade virtual que foi apresentado pela primeira vez em Capitão América: Guerra Civil – usado por Tony para um experimento terapêutico, onde conversa com seus pais antes de suas mortes.

Beck foi o criador do BAFO, e foi demitido junto com toda a sua equipe por Tony, que alegou que o futuro Mysterio não era dos mais estáveis da cabeça; e Stark não estava errado. Beck então recuperou o BAFO após a morte de Tony, e usa o sistema para criar as ilusões de Mysterio, desejando ser o próximo grande herói do universo com a saída do Homem de Ferro.

A era pós-Thanos

Ambos os personagens são antagonistas, mas são bem mais humanos quando comparados a outros vilões do herói – nem vamos começar a falar sobre o Lagarto em O Espetacular Homem-Aranha, cuja motivação era transformar toda a cidade em lagartos. Nada dessa megalomania fantasiosa está presente com os vilões do Aranha no MCU, que estão mais motivados por um acerto de contas e também uma busca por “conforto”. Tudo bem que Mysterio é mais malicioso e sádico, mas o Abutre era um homem que visava o bem de sua família.

Isso demonstra como o MCU, principalmente após o Killmonger de Pantera Negra e o Thanos de Vingadores: Guerra Infinita, vem trazendo uma construção mais humanizada para seus antagonistas. É algo que quase coloca Abutre e Mysterio próximo dos vilões da trilogia de Sam Raimi (pelo menos a maioria deles), que fez um belo trabalho com Duende Verde, Doutor Octopus e Homem-Areia.

Em Homem-Aranha: Longe de Casa, Tom Holland retorna como Homem-Aranha. Zendaya, Marisa Tomei, Martin Starr, Jon Favreau, Jacob Batalon e Tony Revolori também estão de volta no filme, que move a ação para férias escolares na Europa.

Samuel L. Jackson também participa como Nick Fury, assim como Cobie Smulders reprisa o papel de Maria Hill. Jake Gyllenhaal é o Mysterio.

Homem-Aranha: Longe de Casa está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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