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Berenice Procura | "Louvo a escolha de cada um ser o que é", afirma Cláudia Abreu sobre filme LGBT

Em outubro de 2016, Cláudia Abreu celebrava mais um aniversário com a presença de familiares e amigos. Entre os convidados estava o diretor Allan Fitermann. Mesmo sem ler o roteiro, baseado na romance de Luiz Alfredo Garcia-Roza, a veterana aceitou o desafio de ser a protagonista do longa Berenice Procura.

Em apenas quatro semanas, Cláudia, Du Moscovis, Caio Manhente, Vera Holtz, Emilio Dantas, Carol Marra, Guta Ruiz, Brigitte de Búzios, Leonardo Brício, entre outros, rodaram a produção tendo o bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, como cenário principal do filme, que une a história de uma família em ruínas e a morte de mais uma trans no país que mais mata membros da comunidade LGBT no mundo.

A obra foi destaque na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Mix Brasil e no Festival do Rio em 2017. Neste ano, Berenice Procura já rodou alguns países através do Festival Brasileiro de Paris (abril), 34º Chicago Latino Film Festival, 9ª Edição do Festival de Cinema Cidade do Luxemburgo e em maio no Festival Internacional de Cinema Brasileiro em Milão.

Em entrevista exclusiva ao Observatório do Cinema, Cláudia Abreu contou detalhes e os caminhos que trilhou para compor a sua heroína, mulher simples, sem vaidades, que perdeu a vontade de viver por conta da rotina e dos problemas cotidianos que muitas mulheres enfrentam em seus lares, como o machismo de seus companheiros e a descoberta da sexualidade de seu filho adolescente, Thiago.

“A partir desse assassinato, da melhor amiga trans do filho, ela começa a enxergar o filho, ele começa a dizer umas verdades pra ela, ela começa a enxergar que está perdendo o contato com o filho, ela não sabe mais quem ele é, dos desejos, das amizades, dos sentimentos dele, e muito menos do marido. Eles vivem uma fachada, uma relação mentirosa. Ela passa a procurar uma razão pra viver”, afirmou Abreu, que também está em cartaz com a peça Pi — Panorâmica insana, até 28/07, no Teatro Novo, em SP.

Cláudia atualmente pode ser vista na reprise de Belíssima na Globo, e há poucos dias estava em destaque com Celebridade, outro grande sucesso de sua carreira, ambas no Vale a Pena Ver de Novo. Para a atriz, uma pessoa que assume a sua orientação sexual, em tempos de intolerância, pode ser vista como corajosa:

“Louvo a escolha e a liberdade de cada um ser o que é, e dizer pra sociedade quem você quer ser aquilo. Admiro muitíssimo quem tem a coragem e a liberdade de dizer quem você quer ser, porque é tão mais fácil ser parte da boiada e não se expor”.

Assista a entrevista completa:

Berenice Procura | “É uma família muito disfuncional”, diz Caio Manhente em entrevista

Berenice Procura já está em cartaz nos cinemas.

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