Celebridades

Autora de Harry Potter faz propaganda de loja abertamente transfóbica; veja

J.K. Rowling, autora dos livros de Harry Potter, tem causado muita controvérsia nas redes em razão de sua postura considerada transfóbica. Mas agora ela conseguiu se superar. Em publicação no Twitter, a escritora fez propaganda de uma loja abertamente transfóbica.

A autora fez propaganda da loja em dois tuites vinculados um ao outro, chegando a colocar o link da loja. Ao acessar a página, vemos logo na home claras demonstração de preconceito à pessoas transgênero (especialmente mulheres).

Dentre os produtos vendidos na loja, vemos itens com os dizeres transfóbicos:

“Ideologia trans apaga mulheres”, “mulheres trans são homens” e a caneca com os dizeres: “notória transfóbica”. Isso além de outros absurdos.

No tuite original, J.K. Rowling escreveu:

“Algumas vezes uma camiseta simplesmente dialoga com você (da loja Wild Womyn Workshop, caso você conheça uma bruxa que queira uma”, escreveu a autora junto da foto de uma camisa com os dizeres “essa bruxa não queima”.

No tuite seguinte, a autora de Harry Potter escreveu:

“Se você é (ou conhece) uma bruxa que queira uma dessas, não compre de enganadores. Eu comprei minha camiseta da Wild Womyn”.

Considerando que os itens com dizeres transfóbicos estão presentes na home do site da loja, é bastante improvável que J.K. Rowling não tenha visto tais produtos.

Veja os prints da página e o tuite de J.K. Rowling. O tuite original, no momento da publicação desta matéria, ainda está no ar, mas pode vir a ser apagado pela autora de Harry Potter.

Livro controverso de J.K. Rowling

Um novo livro escrito por J. K. Rowling, criadora de Harry Potter, mostra seu protagonista detetive particular, Cormoran Strike, investigando um assassino em série cis que se veste de mulher para matar suas vítimas cis femininas, de acordo com uma resenha inicial.

A primeira resenha de Troubled Blood o descreve como um “livro cuja moral parece ser: nunca confie em um homem em um vestido”.

De acordo com o Telegraph, a “essência” do romance de 900 páginas é uma investigação sobre um caso arquivado: o desaparecimento de uma mulher em 1974, supostamente vítima de um assassino em série cis cujo modus operandi é se vestir de mulher.

“É de se perguntar o que os críticos da postura de Rowling sobre as questões trans farão com o livro”, escreveu o crítico Jake Kerridge.

Rapidamente, Troubled Blood foi criticado nas redes sociais.

“É tão incrivelmente complicada toda a falta de originalidade e criatividade pela qual Rowling é famosa”, disse uma internauta no Twitter.

Outra pessoa disparou: “É impressionante como uma ideia fixa de ‘travesti assassino em série’ é um clichê dado como isso… nunca aconteceu?”.

“Tipo, ao ponto onde a polícia russa notoriamente falhou em pegar uma assassina em série porque se convenceram de que estavam procurando um travesti”.

Troubled Blood é a quinta parte da saga de Cormoran Strike de Rowling, escrita sob o pseudônimo de Robert Galbraith. O segundo livro da série, O Bicho-da-Seda, foi criticado anteriormente por sua representação de uma personagem trans descrita como “instável e agressiva”.

No livro, a mulher, Pippa, espreita Strike antes de tentar esfaqueá-lo. Após o ataque, o detetive consegue prender Pippa em seu escritório, onde sua identidade trans e o nome de nascimento são revelados.

Nesse ponto, a autora de Harry Potter descreve o pomo-de-Adão e as mãos da personagem, com o detetive Strike avisando-a de que a prisão “não será divertida para você”.

A jornalista trans Katelyn Burns revisou a passagem em 2018, escrevendo: “É um clichê totalmente comum, embora insultuoso, sobre as mulheres trans – que elas são agressivas e incapazes de superar sua natureza masculina, sem falar que são vilãs – que se tornou muito comum com autores cis com apenas um conhecimento passageiro de pessoas trans.”

No cinema, J. K. Rowling segue como roteirista de Animais Fantásticos 3, do mundo de Harry Potter. O filme pode estrear nos cinemas em novembro de 2021.

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