Geoffrey Rush (Piratas do Caribe) ganhou um caso de difamação contra um jornal australiano que o acusou de assediar sexualmente uma atriz durante uma produção teatral, de acordo com o Yahoo!
O ator receberá cerca de US$ 850 mil da News Corp, administrada por Rupert Murdoch.
O número, até o momento, só diz respeito aos danos causados à reputação de Rush, sendo que pode chegar a milhões considerando que o ator perdeu dinheiro durante o processo.
O Daily Telegraph de Sydney publicou uma matéria que alegava que Geoffrey Rush havia assediado sexualmente sua companheira de elenco, Eryn Jean Norvill, durante a produção de uma peça de Rei Lear, de Shakespeare, na Sydney Theatre Company, em 2015.
O juiz Michael Wigney, ao presidir o caso, disse que o testemunho de Norvill era “inconsistente” e que estava “propenso a exageros e fantasiações”, acrescentando que as pessoas que corroboravam com sua descrição de eventos não eram confiáveis.
O juiz criticou o jornal Telegraph por seu “jornalismo sensacionalista irresponsável, do pior tipo”, acrescentando que está “profundamente consciente das dificuldades que são frequentemente encontradas pelas vítimas de casos envolvendo alegações de assédio sexual”.
Segundo o juiz, o jornal ainda “inventou” novas alegações que corroborassem com a primeira, de modo a criar um perfil de predador sexual para Rush.
“Aparentemente tendo recebido uma reação negativa em relação às publicações do dia anterior, eles começaram a criar histórias para incluir algumas declarações enganosas que apoiassem as primeiras alegações”, disse.
Rush comemorou a vitória agradecendo sua esposa, a atriz Jane Menelaus e seus filhos, acrescentando: “Não há vencedores neste caso. Tem sido extremamente angustiante para todos os envolvidos.”
Geoffrey Rush sempre negou as acusações, e inclusive havia relatos de que a saúde do ator havia sido muito abalada por conta das acusações.