O espólio de Michael Jackson ganhou uma decisão judicial contra a Receita Federal estadunidense acerca do valor da aparência do Rei do Pop. O valor da aparência do cantor foi diminuído.
Originalmente, a Receita alegou que a imagem de Jackson valia US$ 434 milhões. Já o espólio de Jackson disse que valia apenas US$ 24. Eles eventualmente subiram o valor para US$ 3 milhões e o juiz concordou com esse valor atualizado, avaliando a imagem do falecido cantor em US$ 4 milhões.
“Desde criança Michael Jackson era famoso; e houve momentos em sua vida, testemunhou seu executor, em que ele era a pessoa mais famosa do mundo. Certamente houve anos em que ele foi a mais popular e mais conhecida estrela da música e, mesmo depois de sua morte, houve anos em que ele foi o artista mais bem pago do mundo”, determinou o juiz (via Brian Cronin, do CBR).
“Mas também houve muitos anos em que ele ficou mais famoso por seu comportamento incomum e não por seu talento incomum. E houve alguns anos em que seu a fama se tornou infame por acusações graves dos atos mais repulsivos. Não fazemos nenhum julgamento particular sobre o que Jackson fez ou supostamente fez, mas devemos decidir como o que ele fez e supostamente afetou o valor do que ele deixou atrás”, continua o texto do juiz.
Essa decisão é importante para definir o quanto o espólio de Michael Jackson deve pagar à Receita Federal estadunidense. Isso inclui lucros provenientes da imagem do ator, além daqueles vindos das suas propriedades.
Justiça julga polêmico processo contra Michael Jackson
Um juiz determinou que as companhias de Michael Jackson não tinham obrigação de proteger garotos de abuso sexual. Com isso, um processo de longa-data contra as empresas foi encerrado.
Wade Robson entrou com o processo. Ele chegou a aparecer no documentário Deixando Neverland, da HBO, que lida com as acusações de abuso sexual contra Michael Jackson. Robson alega que o cantor começou a abusar dele quando ele tinha apenas 7 anos, em 1990.
O processo foi inicialmente indeferido com base no estatuto de limitações, mas foi revivido em 2020 depois que a Califórnia emendou sua lei estadual para dar aos demandantes em casos de abuso sexual infantil mais tempo para processar.
Robson acusou as companhias de Michael Jackson, a MJJ Productions e MJJ Ventures, de terem facilitado os abusos supostamente cometidos pelo cantor. O juiz Mark A. Young determinou que essas companhias não poderiam controlar Jackson, visto que ele era dono delas.
O advogado de Robson, Vince Finaldi, disse que vai recorrer. A informação é de Gene Maddaus, da Variety.