Críticas

Crítica | O Conto da Princesa Kaguya

Apaixonados pelas animações japonesas quase sempre premiadas com Oscar? Então O Conto da Princesa Kaguya não terá menos impacto para seu gosto.

Um humilde cortador de bambu encontra uma pequenina humana em uma flor e acredita que foi abençoado pelos deuses ao recebê-la e que ela está destinada a ser uma princesa. A pequena Kaguya é esperta, aprende rápido e cresce mais rápido do que todos no vilarejo em que mora. Com seu grupo de amigos, eles vivem uma vida simples, com várias aventuras pelos bosques sem fim de verde vivo e com a leveza de amor e infância.

Os céus abençoam a família de Kaguya constantemente com roupas, ouro e demais luxos dignos do milagre que ela é. O Pai entende que sua vida não pode mais ser no campo, que Kaguya tem que viver os luxos, decoro e matrimônio de uma princesa, então deixando seus amigos e lar contra vontade, eles mudam-se para uma castelo recém-construído na cidade, onde ela aprenderá a ser, falar, se vestir e agir como uma dama.

Mas Kaguya é um espirito muito livre para se adequar a essa nova vida imposta a ela e por mais que seu pai ache que tudo está melhor, não é assim que a menina se sente com todas as mudanças, principalmente em relação a um casamento a contra gosto e sem amor.

O filme é uma adaptação de um antigo conto japonês (o conto do cortador de bambu), que fala sobre “preço a pagar e punição”, um tema mais sombrio e triste, bem no estilo de Isao Takahata (diretor), cujo filme Cemitério de Vagalumes é um dos mais vistos e aclamados ainda por todo o mundo, e um dos mais tristes do Studio Ghibli. Isao Takahata, que juntamente com Hayao Miyazaki se aposentaram do estúdio em 2014, esse filme foi o penúltimo a ser lançado antes do fechamento um ano antes.

A animação e a história parecem fugir um pouco do que sempre esperamos ver das animações Ghibli, o desenho é mais simples e a história pesada e sem um final exatamente feliz, mas Takahata dedicou esse filme a sua carreira antes de se aposentar com 77 anos, deixando claro seus sentimentos sobre seu trabalho e o quanto significou para ele.

Os estúdios ainda continuam “abertos”, mas não lançam mais filmes, apenas continuam vendendo suas aclamadas animações e dizem que futuramente pretendem fazer mais alguns filmes, mas com contratação freelance.

Trilha sonora que nunca deixa a desejar, o filme tem mais música que diálogos e passa todos os sentimentos que não podemos descrever, apenas sentir e no caso, ouvir.

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