Críticas

Crítica | Missão: Impossível - Nação Secreta

É tão bom quando você sai de uma sessão de cinema de um filme realmente bem feito. Esta é a sensação que você tem ao acabar de assistir Missão: Impossível – Nação Secreta. Uma produção na qual o roteiro, direção, edição, trilha sonora e interpretações se complementam e se encaixam perfeitamente para contar a história.

A ideia deste filme foi de Christopher McQuarrie e Drew Pearce. J.J Abrams foi, desta vez, apenas um dos produtores do filme, ao contrários dos outros dois anteriores nos quais foi o diretor. Neste quinto filme da sequência, tanto o roteiro quanto a direção ficou a cargo de McQuarrie. Pelo jeito, ele sabia muito bem o que queria contar.

Neste Missão: Impossível 5, Ethan Hunt (Tom Cruise) é contatado pelo chefão de uma organização criminosa chamada Sindicato. Problemas políticos em Washington fazem com que ele não possa contar com a equipe da IMF (Impossible Missions Force) para ajudá-lo a caçar os integrantes daquela organização.
O diretor da IMF, William Brandt (Jeremy Renner, dos filmes dos Vingadores) está enredado em burocracia e jogos políticos envolvendo o diretor da CIA (Central Intelligence Agency), Alan Hunley (Alec Baldwin, de Blue Jasmin e da série 30 Rock). Este envolvimento da CIA acaba, também, atrapalhando o agente Benji Dunn (Simon Pegg, de Além da Escuridão – Star Trek) um dos nerds do grupo de agentes. E Luther Stickell (Ving Rhames) deixou de ser agente do IMF.

Não dá para contar muito mais sem entrar no perigoso terreno dos spoilers. Poderia falar do ótimo ator que faz o chefão da organização criminosa e de uma ótima atriz, Rebecca Ferguson, mas poderia entregar mais do que o necessário. Algo que o roteiro deste filme não faz. Estes dois atores fazem os seus papéis muito bem, mas prestem muita atenção nela. Ela fez pouquíssimos papéis até agora, porém, se escolher direito os filmes em que atuará, terá uma bela carreira.

A edição ficou nas mãos de Eddie Hamilton (responsável também por Kingsman: Serviço Secreto e X-Men: Primeira Classe) que soube muito bem utilizar o vasto material que provavelmente tinha disponível. O filme, como deve ser nos de ação, ficou ágil, sem, no entanto, atrapalhar a história. As cenas de perseguição são ótimos exemplos desta montagem rápida e precisa de Hamilton.

A trilha sonora, na sua maioria, baseada na ópera Turandot, de Giacomo Puccini, é precisa. Assim como também é a captação de sons. Outro aspecto técnico que faz toda a diferença são os efeitos especiais. Estão bem precisos nas cenas nas quais eles se fazem necessários. Os cenários pelos quais a história vai passando contribui – e muito – como base para os diferentes momentos do filme.

E para arrematar com chave de ouro a fotografia realizada por Robert Elswit (diretor de fotografia de filmes como Magnolia e O Abutre) é maravilhosa. Uma das últimas cenas de luta ocorre em local escuro mas que, apesar de não ter luz direta, é muito bem iluminado. O que possibilitou uma ótima passagem da produção.

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