Críticas

Crítica | Mistress America

O filme Frances Ha (2012), dirigido por Noah Baumbach e escrito por ele e por Greta Gerwig, esta último a intérprete da personagem principal de Mistress America, fez um tremendo sucesso. O filme foi muito elogiado pela crítica e aclamado por uma parte bem específica do público, os indies. Indie é uma abreviatura da palavra independente em inglês. O filme é independente, porque não existiu um grande estúdio por trás. Mas o atraiu aquela turma, não só isso, mas também pela história em si. Agora, a dupla Noah e Gerwig está de volta com Mistress America.

Neste longa, Tracy (Lola Kirke, de Garota Exemplar), uma jovem universitária de 18 anos, está no primeiro semestre, em Nova York. Entretanto, ela não está tendo muito sucesso em fazer amizades. Finalmente, depois de algum tempo, Tracy acaba conhecendo Tony (Matthew Shear, de Enquanto Somos Jovens) que, como ela, quer entrar na sociedade literária da Universidade. E mais ninguém.

Por sugestão da mãe dela (Kathryn Erbe, da série Lei e Ordem: Crimes Premeditados), Tracy vai conhecer sua futura irmã, filha do homem com o qual a mãe irá se casar, Brooke (Greta Gerwig, de Para Roma, Com Amor), que também não é de Nova York e trabalha como professora particular, professora de spinning e o que mais pintar.

A história do filme começa realmente a se desenrolar após o encontro das duas possíveis futuras irmãs. Como no filme anterior da dupla, este é muito calcado nos diálogos e na trilha sonora. Lola Kirke – irmã de Jemima Kirke, da série Girls – está imersa no personagem da garota perdida em uma cidade grande, onde conhece outra jovem e esta desperta nela uma admiração.

Greta Gerwig, no papel dessa jovem admirada pela outra, sabe dar o tom certo a mulher que se vira em mil para poder viver, mas acaba metendo os pés pelas mãos e, às vezes, se atrapalhando completamente. Matthew Shear faz um jovem recém-saído da adolescência que ainda não sabe o quê e como fazer para ser um grande escritor.

Percebe-se que a história deste filme gira em torno desses personagens que estão saindo da adolescência ou já estão com os dois pés na vida adulta, porém que ainda se batem com problemas causados pelo amadurecimento ou pela falta dele.

Noah Baumbach não se arrisca muito na direção e dá até para entender o porquê disto. Ele quer focar a atenção do espectador para o que dito e não dito pelos personagens. Ele poderia até tentar fazer algo um pouco mais do que o arroz com feijão numa direção, mas tudo é muito simples e direto.

A trilha sonora realizada por Britta Phillips (A Lula e A Baleia) e Dean Wareham (As Vantagens de Ser Invisível), remetendo aos anos 1980, ajuda a dar um ar atemporal à produção. A fotografia crua de Sam Levy (Enquanto Somos Jovens) deixa a história mais realística e ajudada, também, pela montagem de Jennifer Lame (Cidades de Papel).

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