Críticas

Crítica | A Pixar acerta de novo com O Bom Dinossauro

A Pixar, desde o seu inicio, produziu animações que expandiram as possibilidades de se fazer desenhos animados. Em associação e depois fazendo parte do conglomerado da principal empresa de animação, Disney, aquela realizou filmes icônicos, como Toy Story (1995), Procurando Nemo (2003) e, o mais recente, Divertida Mente. Para começar o ano com chave de ouro, Pixar e Disney lançam mais um longa: O Bom Dinossauro.

Baseado na ideia do E se…, O Bom Dinossauro conta a história de uma família de Apatossauros que vivem no meio oeste do que seriam os Estados Unidos atualmente. O pai, Poppa (Jeffrey Wrigh, da franquia Jogos Vorazes), a mãe, Momma (Frances McDormand, de Terra Prometida) e seus filhos, Buck (Marcus Scribner), Libby (Maleah Nipay-Padilla) e o pequeno, medroso e desajeitado Arlo (Raymond Ochoa) formam essa família. E é pelos olhos de Arlo que acompanhamos a história.

Arlo, ao contrário dos seus irmãos, tem uma série de dificuldades em se estabelecer no mundo. Os pais tentam fazer com que ele consiga se desenvolver de todas as maneiras. Os irmãos, obviamente, como acontece em todas as famílias – seja de dinossauros, seja de humanos – brincam com o irmão menor por causa dos seus problemas. Ele, então, é a força-matriz da história. Os acontecimentos acabam girando ao seu redor e vamos conhecendo diversos personagens ao longo do filme.

Os mais importantes destes personagens são, exatamente, o cenário – o meio oeste – e uma pequena criança humana, Spot (Jack Bright). Arlo e Spot acabam se tornando amigos inseparáveis ao longo de jornada que o pequeno dinossauro enfrenta, exatamente, por causa de Spot. O departamento de animação está de parabéns. A reconstrução daquela localidade americana está impressionantemente real, principalmente, a água. Outro aspecto da animação que deixa qualquer um de queixo caído é a luz do sol, principalmente este em interação com água.

O Bom Dinossauro foi dirigido por Peter Sohn. Este é a primeira vez que o animador cuida desta parte em um longa. Apesar de novato, ele conseguiu fazer este trabalho perfeitamente. Ele trabalha com animação desde O Gigante de Ferro (1999), portanto, ele soube como uma deveria ser inteira e nos mínimos detalhes. Peter foi o responsável pelo desenvolvimento da história, criada por Bob Peterson, conjuntamente com este e mais Erik Benson (Carros 2), Kelsey Mann (Universidade de Monstros, como supervisor de animação) e Meg LeFauve (Divertida Mente). Esta última foi a responsável por finalizar o roteiro.

A trilha sonora, como na maioria dos filmes – sejam animação, sejam live action – só pontua os diferentes momentos pelos quais Arlo vai passando. Criada pelos irmãos Danna, Jeff (A Lista, 2014) e Mychael (Transcendence: A Revolução, 2014), ela é foi bem executada, mas é bem arroz com feijão: básica e sem grandes momentos de genialidade.

Stephen Schaffer (WALL-E, 2008) foi o editor. Ele também fez um trabalho arroz com feijão, porém de forma bem feita. Stephen deu a velocidade certa e pôs as imagens certas tanto em cenas mais rápidas, quando em cenas mais lentas. Quando é necessária uma transição, na qual as imagens poéticas possam ser usadas, ele soube fazer isto.

O Bom Dinossauro é mais um filme com qual a Pixar e a Disney nos fazem passar por diferentes emoções em um único trabalho. Muito bom!

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