Críticas

Crítica | Kung Fu Panda 3

O estúdio Dreamworks lançou em 2008 um filme que acabou se tornando uma das principais franquias de animações do mundo do cinema: Kung Fu Panda. Este primeiro longa conta como o panda Po, que é fissurado por kung fu e é dublado pelo ator Jack Black, é escolhido como o próximo Dragão Guerreiro pelo mestre Oogway, uma tartaruga com a voz de Randall Duk Kim, e treinado pelo outro mestre, Shifu, um panda-vermelho cuja voz é de Dustin Hoffman.

Só agora, cinco anos depois do segundo filme, o estúdio lança mais uma sequência: Kung Fu Panda 3. Neste longa, Po se torna mestre dessa arte marcial. Ao mesmo tempo, o touro Kai, dublado por J. K. Simmons, que está no Reino dos Espíritos, reúne todos os espíritos dos mestres de kung fu que estavam lá e assim ele retorna ao mundo dos mortais. Porém, quando Kai retorna ao mundo dos vivos, Po ainda está tentando ser mestre. Neste meio-tempo, o pai perdido de Po, Li, cuja voz é feita por Bryan Cranston, surge e o reencontra e acaba levando-o para conhecer o refúgio dos pandas.

O panda Po, que na versão brasileira é dublado por Lucio Mauro Filho, ter que aprender a ser um mestre de kung fu é um ótimo pano de fundo para esta terceira animação. Esta teve o seu roteiro escrito por Jonathan Aibel e Glenn Berger, que trabalham na franquia desde o primeiro longa. Eles souberam continuar a história, porque se percebe nela uma evolução e, inclusive, existe uma mudança de público-alvo. Este longa, por exemplo, parece ter sido feito mais para pré-adolescentes.

A direção da animação ficou a cargo do italiano Alessandro Carloni e da sul-coreana Jennifer Yuh. Ela já tinha trabalhado no filme anterior, enquanto Alessandro dirige a sua primeira animação. Os dois, como se pode assistir na tela grande, se entenderam muito bem ao cuidarem desta produção. Alessandro e Yuh fizeram uma animação tão rica visualmente, tanto quanto é a própria história.

Os dois filmes anteriores já são ricamente imagéticos, tanto por causa dos inúmeros tipos de personagens, quanto pelos ricos cenários pelos quais perpassa a história. Neste mais recente, entretanto, o visual é de cair o queixo. O design de produção realizado por Raymond Zibach, que também trabalha na franquia deste do primeiro filme, conseguiu se superar ao caprichar nos mínimos detalhes de uma animação. A luz do sol, as texturas dos tecidos e os pelos e as peles dos animais são exemplos de aspectos de uma produção deste tipo que foram muito bem feitas.

E o ritmo do que é contado na telona teve uma boa edição realizada pela editora Clare De Chenu. A fluidez do filme está no ponto certo. Isto possibilita ao público – principalmente, os pequenos – a acompanhar a história sem problema nenhum. E a trilha sonora realizada pelo compositor alemão Hans Zimmer embala muito bem o longa de animação em um clima de aventura.

A evolução do panda Po ao longo dos três filmes é muito bacana de acompanhar. A história dele demonstra o quão é importante aceitar como se é e aprender a lidar com as habilidades que possui. A exposição da temática das artes marciais em forma de animação foi uma ótima sacada da Dreamworks e a equipe do estúdio conseguiu continuá-la maravilhosamente.

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