Nada Assustadores

Crítica – Hotel Transilvânia: Transformonstrão

Quarto volume da franquia animada apresenta narrativa pouco inspirada que apenas irá agradar os mais novos nas breves cenas de ação

Quando uma animação chega na sua quarta edição como é o caso de Hotel Transilvânia: Transformonstrão, duas coisas vêm a mente: primeiro, que a franquia deve ser um sucesso para terem feito quatro filmes até aqui; e segundo, quantos filmes mais eles irão fazer até se tocarem que essa fonte já secou?!

Infelizmente não há outra maneira de colocar. Na real, já deu o que tinha que dar!

E se formos bem honestos, nunca tivemos um volume dentre todos da série de filmes Hotel Transilvânia que realmente conquistou fortemente nossos corações. Quem chegou mais perto de trazer algo verdadeiramente agradável foi Hotel Transilvânia 2 (2015). Ainda assim, passava longe de fazer qualquer frente considerável diante de tantas outras franquias animadas que apresentam maiores predicados por todas as vias possíveis.

No atual Hotel Transilvânia: Transformonstrão, que se encontra disponível na plataforma da Amazon Prime Video, vemos que Drac e a matilha estão de volta, como você nunca viu antes. Quando a misteriosa invenção de Van Helsing dá errado, Drac e seus amigos monstros são todos transformados em humanos, e Johnny se torna um monstro! Ele que está amando essa nova vida como um monstro, deverá se unir ao sogro-vampiro e correr pelo mundo para encontrar uma cura antes que seja tarde demais e enlouqueçam um ao outro. Com a ajuda de Mavis liderando toda a galera “monstruosa”, o foco está para encontrar uma maneira deles voltarem a ser como eram antes de suas transformações. Mas devem correr contra o relógio antes que se tornem permanentemente humanos.

Falta de intensidade

No centro de Hotel Transilvânia: Transformonstrão vemos facilmente que o problema está na pouca criatividade do roteiro escrito pelo trio Amos Vernon, Nunzio Randazzo e Genndy Tartakovsky (que dirigiu os três filmes anteriores).

Pela narrativa observamos o elemento ‘road movie’ (filmes de estrada), que coloca frente a frente sogro e genro em uma situação tipicamente maluca onde devem acertar as pontas para que a família e o hotel permaneçam intactos.

Óbvio que isso não será fácil, uma vez que Drac e Johnny são completamente opostos no quesito comportamental. O conde de dentes caninos afiados é impaciente e todo metódico; enquanto o jovem é acelerado, atrapalhado e extremamente empolgado com tudo!

Consequentemente, teríamos com o que trabalhar dramaticamente na linha narrativa, e emocionalmente para com os assinantes da Amazon Prime Video. Porém, tudo ficou apenas na primeira camada da pele, ou seja, nada verdadeiramente move quem assiste Hotel Transilvânia: Transformonstrão, uma vez que nenhuma ideia se mostrou inspirada ou peculiar de forma suficiente para merecer algum destaque; e lamentavelmente, faltou muita vibração para que pudéssemos nos conectar com os causos entre sogro e genro.

Parque de diversões para crianças

Mesmo os mais novos terão muitas dificuldades enquanto assistem Hotel Transilvânia: Transformonstrão na Amazon Prime Video, pois apesar de termos uma aquarela de cores que explode na tela, faltou uma boa dose de energia na trama desta animação, especialmente na parte central da história.

Isso muda quanto mais nos aproximamos dos momentos derradeiros da animação, que ainda fez questão de deixar uma pequena lição de moral sobre procurar o melhor cenário nas situações mais complicadas da vida, basicamente deixando o negativismo de lado.

No clímax dessa história teremos algo parecido como um parque de diversões, onde as crianças ficarão extasiadas com as cenas de ação do grupo de monstros que está tentando localizar algo especial que ajudaria todos voltarem a ser quem eram antes.

Ume pena que tanta fofura não teve absolutamente nada de novo a oferecer.

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