Falta de Confiança

Crush à Altura 2 continua falando sobre insegurança, agora, de forma desordenada

Leia a crítica da comédia romântica teen da Netflix

O que Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você (2020), A Barraca do Beijo 2 (2020), e agora, Crush à Altura 2 têm em comum?

Se a resposta for que todas são produções originais Netflix, terá acertado! Mas não é isso.

Se for que todas as três citadas representam a segunda parte de suas devidas franquias, também estarão completamente corretos! Contudo, também não é essa a resposta primordial.

A resposta para o fator comum entre as três é simples e pode ser definida com apenas uma única palavra: tudo!

Sim, todas as três comédias românticas voltadas para o público teen são iguais… em… tudo!

Mudam os personagens, o local, alguns dos probleminhas que aparecem, mas, inegavelmente são produções que imitam umas às outras, principalmente na estrutura de como são apresentados os conflitos.

E quando falamos conflitos, entendam um novo possível interesse romântico. Toda vez!

Também percebam outro detalhezinho. Todos (!) os três atores escalados para fazer o papel da terceira ponta do suposto triângulo amoroso são atores de ascendência latino-americana!

Claro que também podemos argumentar que nos devidos segundos capítulos de cada uma das franquias românticas, observamos que as histórias de alguns personagens secundários acabam se expandindo mais também.

Exatamente! Olha aí outra coisa em comum!

De qualquer jeito, ainda devemos comentar sobre Crush à Altura 2, que se passa apenas três meses depois do primeiro beijo entre Jodi Kreyman (Ava Michelle) e Jack Dunkleman (Griffin Gluck). Agora, estão juntos e assumiram o relacionamento. Tudo está indo de vento em popa. Porém, Jodi começa a lidar com sua recém-descoberta popularidade entre os colegas de escola. A jovem alta tem tido algumas falhas de comunicação que começam a causar problemas com aqueles ao seu redor, e agora, ela realmente precisa se manter firme e de cabeça para cima. Principalmente porque vai protagonizar o musical da escola, praticamente a realização de um sonho para ela.

(Ainda) estamos falando sobre nossas inseguranças

O longa-metragem original lançado na plataforma Netflix em 2019 foi visto por mais de 41 milhões de espectadores pouco mais de um mês depois de seu lançamento. E com números assim, já imaginam qual será o próximo movimento da poderosa plataforma de streaming, certo?!

Fazer uma continuação!

Mas, não bastasse todas as similaridades apontadas anteriormente, ainda tiveram a ideia de continuar abordando a temática da insegurança pessoal.

Antes, ninguém sabia direito quem era Jodi, porque mesmo ela tentava se esconder apesar dos 1,88 metros de altura. Neste momento, tudo está diferente. A jovem se abriu para o mundo, expôs quem ela é de verdade, se assumiu diante de toda a escola no baile de formatura, portanto, foi reconhecida por todos, que abraçaram a confiança da garota mais alta do pedaço.

Todavia, tal recente confiança é uma via de mão dupla, uma vez que quanto mais alto você mira, maior poderá ser a queda se falhar. Algo que faz Jodi tremer até os ossos!

Consequentemente, testemunharemos em Crush à Altura 2, novas tentativas da adolescente em se manter firme e forte perante as vozes internas de dúvida que só querem nos sabotar.

Pena que isso tudo aconteceu de maneira tão desordenada e sem qualquer intensidade ou urgência. Se no primeiro filme, ainda tínhamos a qualidade da performance de Ava Michelle – também dançarina e cantora – que nos momentos mais dramáticos revelava sua imensa inquietação diante os olhares de alguns ao seu redor, agora, não restou muito daquilo que era o que havia de melhor no roteiro quadradinho, típico de comédias românticas adolescentes produzidas pela Netflix.

Emocionalmente não te transporta à lugar algum, mas deixa uma garantia: uma possível terceira parte dessa história que já não mostrava a que veio desde o começo.

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