Críticas

Crítica 2 | Batman Vs Superman: A Origem da Justiça

Futuro. Esta é a palavra-chave para entender Batman Vs Superman: A Origem da Justiça. Este filme – além de começar a moldar o futuro de diversos personagens da DC Comics no Cinema – também irá redefinir o futuro da editora nas telas grandes. A editora norte-americana, através do seu estúdio de cinema, DC Films, não tem conseguido fazer o mesmo sucesso que a sua “rival” no mundo dos quadrinhos, a Marvel. Ou seja, as batalhas não surgiram agora.

DC não tem tido muito estabilidade em suas produções cinematográficas. Umas foram consideradas ruins, como Lanterna Verde (2011); outras fizeram razoável sucesso, como Batman: O Caveleiro das Trevas (2008). Ao contrário da Marvel. Essa editora tem conseguido fazer com que cada filme seu lançado tenha um sucesso maior que o anterior, mesmo que tenha personagens desconhecidos do grande público, como Guardiões da Galáxia (2014).

Mas pode ser que nesta guerra, DC esteja para ganhar uma batalha e de forma estrondosa. Batman Vs Superman: A Origem da Justiça, cujo roteiro foi escrito por Chris Terrio, o mesmo de Argo (2012), e David S. Goyer, que ajudou a criar e a escrever O Homem de Aço (2013) e os filmes da última franquia do Batman, possui uma história que é calcada muito em família, bondade e futuro. É um filme de inicio, também, apesar de personagens como Batman e Superman já terem sido apresentados em filmes anteriores, porém, como vocês já devem saber, há muitos outros personagens a serem mostrados, como Mulher-Maravilha e Aquaman.

Infelizmente, não posso revelar muito mais sobre o roteiro, entretanto, Chris e David conseguiram fazê-lo de tal forma que ele engloba uma série de questões sobre o que leva Batman e Superman a brigarem. O diretor Zack Snyder, que também dirigiu O Homem de Aço, teve a possibilidade de explorar diversos conceitos neste filme que ele já tinha utilizado em O Homem de Aço, porém, agora, em um escala muito maior. Zack explorou facetas dos diferentes personagens – protagonistas e antagonistas – e soube muito bem trabalhar os atores.
Ben Affleck (Garota Exemplar, 2014).

Ben está bem. Apesar de toda a fama de má atuação, ele tem se mostrado, ultimamente, um ótimo ator e neste filme não é diferente. Henry Cavill (O Agente da U.N.C.L.E, 2015) tem menos oportunidades de atuar neste filme, até porque o seu personagem já teve um filme anterior só para ele, mas Henry não deixou de ser o Super-Homem. Amy Adams (Grandes Olhos, 2014) continua sendo “a Lois Lane”. As surpresas estão com Jesse Eisenberg (O Final da Turnê, 2015) que faz um ótimo Lex Luthor e Gal Gadot (Velozes & Furiosos 7, 2015) que apesar de não ter o porte físico para fazer uma Mulher-Maravilha, Gadot tirou de letra interpretá-la. O Alfred de Jeremy Irons (Trem Noturno Para Lisboa, 2013) também está muito sarcasticamente bom.

A combinação dos trabalhos do diretor de fotografia Larry Fong (Truque de Mestre, 2013), da equipe de efeitos visuais e a de efeitos especiais consegue dar a dimensão gigantesca passada pelo roteiro à tela grande. A sensação de gigantismo e de brutalidade está bem estampada nas cenas em que ela se faz necessária. Assim, como, ao contrário, quando se necessário a intimidade e o segredo, o posicionamento de câmera e a sua movimentação se fazem da forma correta reforçando essas sensações nas cenas nas quais se fazem precisar.

A trilha sonora, na grande maioria do longa, está na medida certa. Porém, em um momento específico, ela sobrecarrega de emoção a cena e os espectadores. Composta por Junkie XL, nome artístico do norueguês Tom Holkenborg (Deadpool) e Hans Zimmer (Kung Fu Panda 3), a trilha sonora poderia ser um pouco menos dramática.

Quem deve ter tido bastante trabalho neste filme, também, foi o editor David Brenner. David (300: A Ascensão do Império, 2014), na maior parte do filme, conseguiu fazer com que ele flua. Mas no inicio do filme, as passagens ficaram bruscas. Pode ser que tenha sido de propósito para marcar os diferentes ambientes e personagens mostrados, mas ficou meio duro demais.

Dura, com certeza, não ficará a DC. Batman Vs Superman: A Origem da Justiça pode até não quebrar recordes de arrecadação, contudo, é o inicio de um futuro no qual a Liga da Justiça e cada um dos personagens que a compõe serão explorados e darão origens a franquias próprias. Ou seja, a briga entre DC e Marvel se prolongará por muito tempo.

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