Críticas

Crítica 2 | Corrente do Mal

Garota conhece garoto. Garota sai com garoto. Transam. E a partir daí uma história de medo e perseguição começa. Corrente do Mal, terceiro filme do diretor David Robert Mitchell, conta a história de Jamie, ou mais conhecida Jay (Maika Monroe, de Refém da Paixão) que, quando não esta no colégio, está curtindo o outuno em casa no subúrbio de Detroit.

Ela começa a sair com Hugh (Jake Weary, de Provas e Trapaças) e, após alguns encontros, eles resolvem se entregar um ao outro. Após este aparente simples sexo, a vida de Jay muda radicalmente. Ela começa a ser perseguida por uma força maléfica sobrenatural que, apesar de aparentar ser lenta, pode ser fatal caso a alcance.

Junto com a sua irmã, mais dois amigos dela e o vizinho da frente, todos adolescentes, Jay tenta escapar desta maldição tentando entender o que está acontecendo e como fazer para que isto desapareça.

Apesar de um único objeto nos lembrar de estarmos nos dias atuais, toda a atmosfera do filme nos remente aos anos 80. Os personagens usam carros antigos, as televisões são velhas, a decoração da casa da família de Jay é ultrapassada e, inclusive, a trilha sonora do filme – cheia de sintetizadores – são exemplos desta máquina do tempo para aquela época. Fazendo-nos recordar um pouco de A Hora do Pesadelo (1984). Mas, ao contrário deste, o terror só toma conta quando ela está muito bem acordada.

Em Corrente do Mal, parece haver uma tentativa de unir os filmes de terror norte-americanos dos anos 80 com o estilo de filme de terror asiático, mais especificamente o japonês. O filme de David Robert Mitchell, que também é o roteirista, não só nos recorda de A Hora do Pesadelo, como também de O Chamado (1998), o original japonês, de Hideo Nakata. Ou seja, tem mais cenas de terror psicológico do que de sangue.

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