Críticas

Crítica | A Escolha Perfeita 2

Seguindo a fórmula do filme anterior, A Escolha Perfeita 2 (Pitch Perfect 2) mantém os elementos que deram certo no filme original e investe em momentos musicais inspirados. No entanto, mais do mesmo nem sempre é suficiente para tornar uma produção remotamente memorável, vide as fraquíssimas continuações de Se Beber Não Case.

Conduzido pela sempre boa moça e competente Anna Kendrick, as Barden Bellas, grupo de competição a capella, desta vez precisam se reinventar para ganharem um campeonato internacional de grupos musicais em Copenhagen. Para ameaçar a liderança das garotas, surge um grupo alemão chamado Das Sound Machine que produz verdadeiros espetáculos pirotécnicos e de alta qualidade musical.

A Escolha Perfeita 2 traz de volta todos os membros do elenco anterior com a adição de Hailee Steinfeld (de Bravura Indômita). Porém, mais uma vez quem rouba as cenas é a politicamente incorreta Rebel Wison, sua Fat Amy é desbocada, non sense e possui as melhores tiradas em um roteiro “pasteurizado” demais.

O filme acaba se salvando pelas cenas de competições a capella, sempre muito bem orquestradas e bastante originais. Em determinado momento, os grupos precisam improvisar músicas de todas as cantoras que namoraram John Mayer. Outro destaque é a pequena cena que envolve Snoop Dogg tentando gravar um CD de natal e Bella (Anna Kendrick) inserindo sua expertise para salvar o rapper de um desastre.

Outra curiosidade é que a produção tem a direção da atriz Elizabeth Banks, que também trabalha no filme narrando os números musicais das Barden Bellas e assume a direção pela primeira vez em um projeto deste porte.

Um sucesso cult dos Estados Unidos, A Escolha Perfeita não teve repercussão no Brasil quando foi lançado em 2012, encontrando luz no Netflix e nas TVs por assinatura. Agora, a aposta é que o filme seja lançado nos cinemas e traga um retorno financeiro vantajoso como tem sido na terra do tio Sam. Até o momento, o filme já arrecadou mais de 183 milhões de dólares só em solo americano.

Em síntese, A Escolha Perfeita 2 é praticamente um filme made for TV, não irrita, não é relevante e cabe muito bem em uma tarde chuvosa de um domingo ocioso. Não mais do que isso.

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