Críticas

Crítica | A Forca

Um filme que acabou tropeçando na corda no final, mas até quase terminar foi muito eficiente em assustar o espectador é A Forca. Lembram-se do Desafio Charlie, Charlie? Este viral foi criado para ajudar na divulgação e, pelo jeito, ajudou.

Esta história de terror – com direção e roteiro de Travis Cluff e Chris Lofing, iniciantes na indústria cinematográfica – mostra o que aconteceu com parte de um grupo de adolescentes que resolveu reencenar uma peça na qual 20 anos antes o jovem Charlie acabou morrendo tragicamente enforcado ao final do espetáculo.

Cluff e Lofing retomam a ideia de câmera em primeira pessoa com o roteiro desta produção. Técnica de filmagem muito utilizada em filmes de terror e suspense, como no já clássico A Bruxa de Blair e na franquia Atividade Paranormal. Neste caso foram utilizadas uma variedade de câmeras – principalmente as dos smartphones – para registrar o que ocorre com os jovens.

Na atual versão da peça – os personagens do filme têm quase os mesmos nomes dos atores que os interpretam e estes estão em seus primeiros papéis protagonistas – Reese Houser (Reese Mishler) faz o mesmo papel que Charlie interpretou. Ele está interessado na sua companheira de palco, Pfeifer Ross (Pfeifer Brown). Porém, o seu colega de quando jogava pelo time de futebol americano da tal escola, Ryan Shoos (Ryan Shoos), que está ajudando nos bastidores da peça, o convence a irem a noite destruir o cenário da peça. A namorada de Ryan, Cassidy Gifford (Cassidy Spilker) também quer participar e os acompanha. Entretanto, Pfeifer vê o carro no qual chegaram à escola e os encontra lá dentro. Mas como em todo filme de terror, eles logo descobrem que não estão sozinhos no prédio.

Apesar dos atores serem, na maioria, novatos, eles conseguem se sair muito bem e dar veracidade ao medo e a terror estampados em seus rostos. A edição das cenas – também realização de Chris Lofing – consegue criar os momentos de tensão necessários para assustar. E outros aspectos que sempre ajudam a criar o clima – o som ambiente e a trilha sonora – estão muito bem realizados por Ethan Ellenberger e Zach Lemmon, respectivamente.

O único “porém” de A Forca é acabar contando mais do que precisava ao final do filme, quando poderia ter acabando uma cena antes. Teria acabando perfeitamente sem deixar esse nó na garganta de quem assistiu. Podendo, inclusive, deixar um gancho para uma possível continuação, se não fosse última cena.

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