Fui ver Cinquenta Tons de Cinza com medo do que já tinha ouvido, uns odeiam, outros amam, uns odeiam sem nunca ter lido o livro, outros amam porque já leram o livro e eu não li o livro e fui ver os 50 tons com um misto de curiosidade com o “pague pra ver se é ruim mesmo” e, não é que até que os 50 Tons me surpreendeu?!
Então vejamos a história de Cinquenta Tons de Cinza, Em Seattle, Anastasia Steele, 21 anos, formanda em Literatura, garota ingênua, virgem, Christian Grey, mais ou menos 30 anos, alto, forte, bonito e milionário, Anastasia vai entrevistá-lo e eis que a atração é inevitável, com esse clima, começam a se relacionar e, Grey, rapidamente, já deixa claro tudo o que quer, um controle sobre o sexo entre eles e, mais, sendo um sadomasoquista.
Sam Taylor-Johnson, que dirigiu o bem legal O Garoto de Liverpool, é uma diretora que consegue dar dignidade ao filme Cinquenta Tons de Cinza, pois um roteiro fraco, com diálogos, muitas vezes, sofríveis e risíveis, com explicações (que não precisavam) paupérrimas, com cenas sexuais que não são sensuais, falta de química entre os atores, com uma interpretação robocop de Jamie Dornan (Grey) de dar dó – como ele é fraquinho – é até interessante como o filme consegue criar uma empatia com quem o assiste, com uma fotografia muito boa, figurinos e cenografia bem casada com a história, trilha sonora gostosinha (apesar de ser apelativa) e com uma Dakota Johnson (Anastasia), filha dos atores Don Johnson e Melanie Griffith, que tem sua grande chance em uma produção hollywoodiana e, que não faz feio em cena, claro, ainda tem muito o que aprender, mas é uma atriz que chama a atenção superando qualquer dúvida quanto a sua dramaticidade.
Enfim, quase que Cinquenta Tons de Cinza, poderia ser Uma Linda Mulher 2015, muitos reclamam que faltou “alguns tons”, mas quem quiser ver alguns “bons tons” vejam Ninfomaníaca, Nove Semanas e Meia de Amor, Atração Fatal, De Olhos Bem Fechados, 9 Canções, Azul é a Cor Mais Quente e Shame, pois, o bonitinho Cinquenta Tons de Cinza é filme “despudorado” para as massas, mesmo que você não queira.
Minha nota: 6,5/10
Por Vavá Pereira
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