Heist

Crítica - Exército de Ladrões: Invasão da Europa

Prequela de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas oferece pouco entretenimento com roteiro repetitivo

Bem antes da Netflix disponibilizar Army of the Dead: Invasão em Las Vegas no primeiro semestre deste ano, já tínhamos conhecimento que haviam feito um outro longa-metragem baseado na mais recente obra de zumbis, assinada pelo mundialmente reconhecido diretor Zack Snyder.

Após assistir Exército de Ladrões: Invasão da Europa ficou a pergunta – “Tinha necessidade?”

Apesar de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas ter sido o melhor projeto de Snyder na última década (o que convenhamos não significa muita coisa, já que o cineasta não cansou de lançar bombas nos últimos tempos), era perceptível que daquele mato não saía mais cachorro. Ou pelo menos, não deveria sair.

Mas, Zack Snyder é um cara insistente (como se já não soubéssemos). Então, temos Exército de Ladrões: Invasão da Europa, quando o caixa de banco Sebastian Schlencht-Wöhnert (Matthias Schweighöfer), que trabalha na cidade de Munique, Alemanha, é atraído para a aventura de sua vida após uma jovem misteriosa o recrutar para ser parte de uma tripulação que consiste de alguns dos criminosos mais procurados da Interpol, que almejam roubar uma sequência de cofres lendários e impossíveis de quebrar por toda a Europa.

Mais de duas horas, apenas uma manobra

Não são poucos os elementos desta produção original Netflix que fazem força para afastar o assinante de acompanhar essa trama do tipo ‘heist’ (roubo). Sendo que o roteiro escrito por Shay Hatten, de uma história criada por ele ao lado de Zack Snyder, é o ponto mais fraco destes: estruturado de forma quadrada, onde acompanhamos cada um dos três roubos planejados, indo na ordem do serviço mais fácil para o mais complicado, sempre usando da mesma manobra para conseguir abrir os cofres.

É isso. Do começo até o fim, temos exclusivamente isso. Mudam-se os cenários (cidades europeias) e o figurino, porém Exército de Ladrões: Invasão da Europa resume-se apenas a isso… por mais de duas horas!

Nem para florear um pouco usando de alguns conflitos menores nos momentos pré-roubos. Nada!

Dirigido e estrelado por Matthias Schweighöfer, percebemos que este projeto só consegue se repetir dentro da própria proposta. Tornando muito difícil para quem assiste encontrar qualquer traço de entretenimento em algo tão previsível.

Em uma palavra: entediante.

Elenco sem química

Outro aspecto que joga a narrativa lá para baixo é a fraca sintonia do elenco, que definitivamente possui nomes talentosos. Todavia, quando juntos, não formam uma equipe que vale a pena acompanhar.

Quando analisamos o personagem interpretado por Matthias Schweighöfer em Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, já tínhamos como perceber que não havia ali uma fonte capaz de gerar um algo a mais, principalmente ao ponto de oferecer um filme inteiro. É o caso inverso de Esquadrão Suicida (2016), quando tivemos uma inspirada Margot Robbie como Arlequina em uma obra das mais dispensáveis e vazias a serem produzidas pela última década.

Portanto, se a força motriz de Exército de Ladrões: Invasão da Europa não consegue sustentar o avanço da narrativa, acaba por sobrar para o restante do elenco ter de manter as coisas em pé, porém só um deles mostrou alguma energia hábil para segurar as pontas: a divertida Ruby O. Fee, que faz o papel da hacker esquentadinha Korina Dominguez.

Tantas faltas fizeram dessa produção original Netflix algo facilmente esquecível.

Tem boa premissa, alguma ação, um pouquinho de humor, mas sem esforço, energia. Nada mais que um algoritmo da plataforma para aqueles que gostam de filmes sobre grandes assaltos ou roubos. Algo que não encontrarão aqui, infelizmente.

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