Críticas

Crítica | Hitman: Agente 47

Baseado no personagem de videogame Hitman, o filme Hitman: Agente 47 é mais um neste ano de 2015 em que um personagem é convocado a matar. Seja por uma agência secreta de algum país, seja por uma organização secreta de benfeitores da humanidade, seja por uma organização criminosa mesmo.

No caso do personagem-título do filme, Agente 47 (Rupert Friend, da série Homeland) é um assassino de aluguel. Fruto de uma experiência genética, na qual algumas habilidades são aumentadas e outros aspectos humanos são diminuídos ou suprimidos, realizada pelo geneticista ucraniano Litvenko (Ciarán Hinds, da série Game of Thrones e do filme John Carter: Entre Dois Mundos) em embriões.

A experiência foi desenvolvida nos anos 70 do século passado exatamente para a criação de assassinos que não tivessem nenhum impedimento na hora de executar uma missão. Mas devido ao grande potencial para a formação de um exército formado por seres humanos geneticamente modificados, a pesquisa foi encerrada e todo material destruído e Litvenko desaparece.

Anos mais tarde, a filha de Litvenko, Katia Van Dees (Hannah Ware, da série Betrayal e do filme Oldboy: Dias de Vingança), é contatada por John Smith (Zachary Quinto, da franquia Star Trek e da série Heroes), mas ao mesmo tempo em que o Agente 47 a encontra também. Aí… Não posso contar mais nada.

Este é um reboot de um outro filme de 2007, não tão bem sucedido em sua adaptação da tela de jogo para a do cinema. Mas, curiosamente, tanto a história e o roteiro do filme de oito anos atrás quanto a história e o roteiro deste filme de 2015 foram feitos pelas mesmas pessoas: Skip Woods e Michael Finch. Skip é também o responsável pelo roteiro de X-Men Origens: Wolverine e Esquadrão Classe A. Já Michael fez o roteiro de November Man: Um Espião Nunca Morre.

A história do filme deste ano é mais amarrada e mais intensa do que da primeira versão. O ritmo dele, ajudado pela edição de Nicolas De Toth, é rápido, até por causa das inúmeras cenas de perseguição, luta e confrontos, mas sem fazer com o que o espectador se perca. Aliás, não é um filme para quem não gosta de ver sangue: tem e muito. A fotografia do islandês Óttar Guðnason se aproxima – e muito – do que seria um videogame.

As interpretações de Rupert Friend e Hanna Ware estão boas. Eles não se destacam no filme, porém não fazem feio. Um cacoete no personagem de Rupert se torna um pouco exagerado e um deslize no caso da personagem da Hanna acontecem ao longo do filme. Problemas como estes podem ter passado despercebido por causa do diretor novato, Aleksander Bach. Este é o primeiro filme dele. Mas, no geral, ele fez um ótimo trabalho.

Pode ser que por estrear entre Missão: Impossível – Nação Secreta e O Agente da U.N.C.L.E, Hitman: Agente 47 não faça tanto sucesso assim. Não é um filme ruim, porém, comparado aos outros, pode ser que perca muito da sua força.

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