Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas chega aos cinemas continuando a franquia de sucesso iniciada em 2012. Apesar do clima familiar, o longa deve somente agradar as crianças mesmo com piadas quase voltadas para adultos.
Com personagens já conhecidos, é tão fácil se firmar ainda mais como perder a mão. Dessa vez, a direção ficou na responsabilidade de Genndy Tartakovsky, experiente na animação televisiva, tendo seu nome ligado aos desenhos do Cartoon Network, como Samurai Jack, O Laboratório de Dexter, As Meninas Super-Poderosas e tantos mais. Assim, uma direção segura de alguém que sabe bem agradar o público infantil se faz vigente no filme.
Vale destacara a dublagem que traz, em papéis menores, um Guilherme Briggs “solto”, como o público mais velho teve o prazer de assistir no desenho Freakzoid ou interpretando o Grinch de Jim Carrey nas telonas. Suas inserções são certeiras e, junto com o resto do elenco, fazem jus às vozes originais.
O roteiro não é muito criativo, trazendo piadas e situações que, quando não são bobas, acabam por serem nada originais. O que realmente marca para a franquia é a participação cada vez maior do núcleo “jovem” do filme, que aos poucos vai ganhando espaço e pode ser o futuro da franquia, que pode não querer contar para sempre com Adam Sandler, que vive Drácula nos três filmes.
Lançado no começo do verão estadunidense, o filme não deve escapar do rótulo de um filme esquecível de verão. Caso haja mais continuações, o filme poderia se tornar mais importante, porém apenas episódico, já que há uma mudança na “família” dos monstros. Aos poucos, com exceção de Drácula, os outros monstros vão perdendo espaço e se tornam menos que secundários, o que pode ajudar também em uma possível renovação.
Assim, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas pode ser uma boa opção para levar as crianças para a sala de cinema, mas não deve ser um filme marcante como os clássicos da animação, seguindo a lógica de seus dois primeiros filmes.