No Olho do Furacão chega aos cinemas trazendo uma interessante ideia sobre gênero. Um filme que se vende como um longa de catástrofe (ao menos no Brasil), mas é, na verdade, um filme de roubo. Esse é o maior acerto do filme. Infelizmente, pouco pode se dizer de bom além da premissa.
O furacão é um grande pano de fundo que dá um ar de novidade. O público que procura um filme realmente sobre uma catástrofe natural pode se decepcionar, mas aqueles que buscam um filme de ação sairão satisfeitos das salas de cinema. O furacão é somente um terceiro elemento que serve para atrapalhar e criar uma tensão em uma trama simples, porém eficaz, e serve quase que como uma ex-machina.
Rob Cohen traz uma bela fotografia em seu filme junto com ótimas cenas de ação. A direção é impecável nesse ponto, e quem procura um filme para prender a respiração deve se satisfazer. Ainda assim, o filme é, um tanto, esquecível.
As atuações de Maggie Grace e Toby Kebbell não são brilhantes mas funcionam graças ao gênero e ao carisma da dupla. Ralph Ineson, que cada vez mais acha espaço nas telonas e na telinha, também é funcional para o filme. O que pode, e deve, incomodar aqueles que procuram algo a mais, é o roteiro que, apesar de não ser ruim, é recheado de frases de efeito. Claro que é uma característica apreciada pelos fãs de ação, mas como o filme se vende inicialmente pela catástrofe, pode atrapalhar a apreciação do espectador.
Dentro de sua proposta, o filme se mantém, mas não deixa de ser, sim, esquecível. Aqueles que estiverem dentro de sua motivação vão achar um gostoso entretenimento que não terá duração maior do que sua uma hora e meia. O que já é mais do que acontece em muitos filmes.