Steven Spielberg está entre os cineastas mais fascinantes da segunda metade do século XX. Nesse documentário da HBO, dirigido por Susan Lacy, conseguimos explorar uma das mentes mais revolucionárias do cinema dos E.U.A., tanto pelo escopo de suas obras, quanto em sua vida pessoal.
Tendo entrevistas com inúmeros grandes colaboradores de Steven Spielberg, como Tom Hanks, Daniel Day-Lewis, Leonardo DiCaprio, Sally Field, Oprah Winfrey, a produtora Kathleen Kennedy e cineastas como Francis Ford Coppola, Brian de Palma, George Lucas e Martin Scorsese, o documentário é bastante preciso em fazer um panorama dos mais de 50 anos de carreira do diretor, desde seus curtas feitos na adolescência até se tornar um dos maiores nomes da indústria do cinema.
Acompanhando a influência de sua vida pessoal em suas obras, de sua relação com a religião judaica até seus medos na infância, do fato de ter sofrido bullying na escola e até o quão impactante o divórcio de seus pais foi na sua vida – e especialmente quantas vezes ele revisitou esse acontecimento de uma maneira ou de outra em suas obras, nos deparamos com uma visão aprimorada dos vários temas presentes nos filmes de Spielberg e das experiências que o levaram até essas obras.
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Mesmo com mais de 140 minutos de projeção, o documentário mantém um bom ritmo e triunfa ao misturar imagens de arquivo das gravações, entrevistas com inúmeros amigos, familiares e colaboradores de Spielberg, e cenas de seus filmes enquanto discute-se a relevância de suas obras e o que elas significaram na época, desde os revolucionários efeitos especiais em Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros (1993), até o fracasso que foi a comédia 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1979).
Em sua estreia na direção de documentários, Susan Lacy traça uma narrativa que, apesar de longa, não se torna entediante e consegue abordar inúmeros temas e nuances da obra de uma das figuras mais importantes do cinema estadunidense na segunda metade do século XX.
O filme vai ao ar na HBO nessa segunda-feira, dia 09/10/2017, às 22h.
