Críticas

Crítica | Superpai - O stand up comedy cada vez mais presente no cinema nacional

Nesta sexta-feira (27), foi dia de estréia no cinema em Botucatu-SP. Chegou o filme Superpai, dirigido por Pedro Amorim com roteiro adaptado por Ricardo Tiezzi. Mais um longa-metragem brasileiro que apostou na comédia para encher os cinemas.

O diferencial desse filme foi um roteiro carregado de sarcasmo e ironias, velhos conhecidos daqueles que apreciam o gênero de humor stand up, algo bem semelhante à linguagem do Porta dos Fundos.

O elenco contou com: Dani Calabreza (ex-CQC), Antônio Tabet (Porta dos Fundos, Kibe Loko), Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Diogo Portugal, Mônica Iozzi, Danton Mello, entre outros.

O filme marca a estréia nos cinemas da atriz Mônica Iozzi, como Mariana, esposa do protagonista Diogo (Danton Mello). Uma jovem mãe de classe média, que dedica a maior parte de sua atenção ao filho de seis anos Lucas (Lukas Brombini) e, negligencia os desejos sexuais do marido.

Superpai é ambientado em uma única noite e conta a saga de Diogo: um pai de família, de aproximadamente uns 35 anos, nada responsável, tem a oportunidade de ir à festa de reencontro da turma do colégio, mas na mesma noite sua sogra sofre um acidente, sua esposa vai ao encontro da mãe no hospital e deixa seu marido com a incumbência de cuidar do pequeno Lucas. Para driblar o compromisso Diogo leva o menino a uma creche noturna e em seguida cai na farra com os amigos. Na creche é estabelecido um horário limite para os pais buscar os filhos: até as dez da noite, Diogo respeita o horário, mas pega o garoto errado a partir daí a história do filme se desenrola numa sucessão de contratempos bizarros, levando o público às gargalhadas.

Pessoalmente, é a primeira vez que vejo Danton Mello fazer um personagem tão escrachado, algo fora da linha de bom moço. Ele surpreendeu ao lado de humoristas sem papas na língua, estava bem entrosado. Talvez, algo que possa incomodar, a princípio, é o tom proposital de contestação ao politicamente correto. O texto é carregado de palavras eróticas e gírias de baixo calão na presença de crianças. Entretanto, a classificação é para maiores de 14 anos e é uma obra destinada ao público de stand up comedy. Um ótimo filme para quem teve uma semana difícil e quer relaxar.

O roteiro foi escrito por Ricardo Tiezzi, roteirista da Vida de Rafinha Bastos (canal Fox), do seriado Malhação, Sítio do Picapau Amarelo da TV Globo e dos filmes: Tainá 3 e Qualquer Gato Vira Lata. Superpai ainda tem a colaboração no roteiro do humorista Rafinha.

Por Ká Sant’Ana
Estudante de jornalismo do 7º semestre na Universidade Sagrado Coração (USC) em Bauru/SP. Gosta de história, cultura e cinema.
www.facebook.com/karina.ana

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