Críticas

Crítica | Terceira Pessoa

O filme Terceira Pessoa conta três histórias das dores de amores que se entrecruzam: a do escritor Michael (Liam Neeson) que está se separando de Elaine (Kim Basinger) e vai para Paris com a amante Anna (Olivia Wilde) para se inspirar na continuidade de seu novo livro; a de Scott (Adrien Brody) que conhece Monika (Moran Atias) em um bar e logo se apaixona se envolvendo numa enrascada; e a de Julia (Mila Kunis) que perde a guarda do filho para Rick (James Franco) depois de um incidente. Paul Haggis, o diretor, já havia feito um filme de histórias que se cruzam, Crash, onde o tema maior era o racismo e que foi vencedor de três Oscar.

O elenco pode até ter tentado dar verossimilhança ao que é contado, mas os atores não estão nada bem, o protagonista Liam Neeson tem feito vários filmes de correria, tiros e bombas e aqui ele se volta para um tipo mais frágil, delicado e cheio de conflitos pessoais, mas parecendo que está com preguiça de atuar, cansado e sempre no piloto automático. Adrien Brody, vencedor do Oscar de melhor ator pelo papel no filme O Pianista, é outro ator que nunca mais teve um papel que pudesse ser melhor desenvolvido, sempre deixando a desejar em suas interpretações repetitivas. E James Franco no papel de ex de Mila Kunis também não consegue dizer o que está fazendo na história, sempre apático e sonolento. Já as atrizes se saíram melhor como a bela Olivia Wilde, que a cada filme em que atua está ficando melhor, mais madura e mais linda, esperando pelo papel de sua vida que ainda não chegou e as não menos bonitas, Kim Basinger e Maria Bello, com papéis bem menores que os outros envolvidos, mas que fazem a diferença quando estão em cena.

Mas, infelizmente, Terceira Pessoa nada e morre na praia, pois as pequenas histórias não se sustentam e nem nos convencem, a exemplo do personagem de Liam Neeson que manda um homem, que está esperando o elevador, descer pelas escadas, pois ele estava discutindo com sua amante na frente desse elevador e toda a ação envolvendo Adrien Brody, soando tudo muito raso e artificial, com quase tudo se tornando inverossímil demais, não conseguindo se aprofundar nos dramas de cada personagem, mesmo em um filme longo de mais de duas horas e com belas locações de Paris, Roma e Nova York. Enfim, mesmo com um final interessante, ele não tem o poder de convencer, é um filme que carece de emoção e, como diria o editor de Michael sobre seu livro, eu teria vergonha de publicar aquela história.

Minha Nota: 5/10

Por Vavá Pereira
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