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Crítica | Vingadores: Era de Ultron

Vingadores: Era de Ultron é um filme eficiente em termos de entretenimento descompromissado e de efeitos especiais bem executados. Apesar de muitas vezes se perder na alta velocidade das cenas (à La Michael Bay) e nos cortes abruptos, o filme reserva seus melhores momentos para as interações entre os heróis que mais uma vez se reúnem para salvar o mundo.

As principais adições ao elenco (já superinflado) são de Aaron Taylor-Johnson (de Kick ass), como Mercúrio, e Elizabeth Olsen (de Godzilla), como a Feiticeira Escarlate. Ambos previamente apresentados em uma cena pós créditos ao final de Capitão América: O soldado Invernal. Na história, são irmãos gêmeos cobaias da organização Hydra que acabam adquirindo superpoderes como correr em alta velocidade, telecinese e controle da mente. Uma curiosidade é que nos quadrinhos os irmãos possuem tais poderes por serem mutantes.

Já devidamente familiarizado com seus heróis favoritos, o público ganha com este filme ação non stop desde o inicio até o clímax com direito a destruição de prédios, pontes, carros e tudo que se pode aniquilar pela frente. Desta vez, os Vingadores ao menos tentam a todo custo diminuir os danos colaterais ao desocuparem os cenários palcos das batalhas para evitarem perdas de inúmeras vidas. Nossos heróis estão se tornando mais conscientes…

Com um roteiro empolgante para preencher entre uma cena de ação e outra, o grande pecado do filme talvez seja a inserção de inúmeros personagens ao longo de seus 141 minutos. É tanta gente reunida que sobra pouco tempo para desenvolvê-los. E o pior, a tendência desta franquia será inflar ainda mais o catálogo de heróis da Marvel nos próximos capítulos dos vingadores, que se chamará Guerras Infinitas e será dividido em duas partes com estréias previstas para 2018 e 2019.

Sem as usuais tiradas cômicas de Tony Stark (Robert Downey Jr.), o único momento de descontração do filme se resume a cena em que alguns vingadores tentam mover o martelo de Thor. Cenas românticas envolvendo a viúva negra (Scarlett Johansson) são atropeladas pela ação e há um maior destaque do personagem Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que nunca foi explorado em um filme solo.

Outra curiosidade é a quantidade absurda de merchandising embutido na fita, há desfiles para todo lado de marcas como Under Armour, Adidas, Gilette e Samsung. Reparem como não são nada discretas as inserções dos respectivos produtos.

Um importante destaque é para o trabalho do antagonista do filme: Ultron. O ator James Spader empresta brilhantemente sua voz e seus trejeitos para o robô com inteligência artificial que decide dar um reboot na Terra e extinguir a humanidade a fim de criar um novo recomeço para o planeta.

Com uma estratégia voraz para lucrar com seus heróis, a Marvel se consolida no mercado cinematográfico com boas histórias e milhões investidos em filmes que se interligam uns aos outros de maneira emocionante para os fãs dos quadrinhos. A nova empreitada do estúdio é investir agora em seriados em streaming como o recém lançado na plataforma Netflix: Daredevil.

Como é de praxe, a cena pós créditos de Vingadores: Era de Ultron já prepara o terreno para um embate que promete mexer com a paz intergaláctica. Quem viver verá!

Critica o ano mais vio

Por Marcello Azolino
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