Filmes

Crítica | Goosebumps 2 - Halloween Assombrado

Mês de outubro é sinônimo de Halloween! A festividade que antes se restringia, mais especificamente, à cultura americana, melhor, à cultura americana consumista, mas que hoje, é celebrada no mundo todo. Nas datas próximas ao dia 31 do mês, é costumeiro encontrar muitas pessoas fantasiadas pelas ruas, e transportes públicos da cidade, a caminho de uma festa particular, ou baladas temáticas. E, para reforçar o espírito do dia das bruxas, entra o cinema. Dá para perder a conta de quantos filmes sobre este dia já foram feitos, e para todo tipo diferente de público. E, talvez o mais conhecido ainda seja o filme da série clássica de terror Halloween, sobre o serial killer Michael Myers.

Mas aqui, é hora de pegar mais leve. Chega aos cinemas a continuação de Goosebumps: Monstros e Arrepios de 2015. Agora, substituição em campo: sai Rob Letterman, entra Ari Sandel dirigindo Goosebumps 2  – Halloween Assombrado que conta a história de dois amigos Sonny e Sam, que não são os garotos populares da escola, que fazem serviços de limpeza de tralhas, que costumam pegar para si, na cidade de Wardenclyffe, nos Estados Unidos. Um dia, fazendo o serviço em uma casa abandonada, encontram um livro cheio de pó, guardado em um baú. Ao lerem algumas palavras mágicas escritas em um papel, despertam Slappy, um boneco de ventríloquo. A partir disso, os dois garotos e a irmã de Sonny, Sarah, entrarão em apuros quando todo o Halloween ganhar vida a noite.

São poucas as diferenças entre o filme original de 2015, e a sequência de Ari Sandel. Até alguns dos monstros são os mesmos, como: o monstro das neves, o lobisomem e a abóbora diabólica, por exemplo. Sandel, um cineasta jovem de filmografia pequena, em Goosebumps 2 – Halloween Assombrado está no seu terceiro projeto como diretor, mas curiosamente, o segundo deste ano. No começo de 2018, lançou na Netflix a produção Quando Nos Conhecemos, uma genérica comédia romântica das mais sem graças que puder imaginar. Contando a sequência de Goosebumps, ainda seu melhor trabalho foi o primeiro, D.U.F.F.  – Você Conhece, Tem Ou É, uma comédia adolescente sobre uma garota que se acha menos atraente que suas duas melhores amigas.

O clima de terror cômico do filme original se manteve, e com Ari Sandel, ganhou um pouco mais de brilho e cores. A maior mudança de um para outro é que em Goosebumps: Monstros e Arrepios temos uma overdose do sempre carismático Jack Black, já neste, limita-se apenas a uma participação especial, e como se esperava, no final do filme.

Se é possível pontuar alguma melhora no filme deste ano é a computação gráfica, o CGI parece mais vibrante, chama muito mais a atenção do espectador, e colocando em contexto que estamos falando de um filme que o público alvo são as crianças, isso é boa coisa. De resto, o filme de Rob Letterman apresentou com melhor entretenimento muitos aspectos, como o humor, por exemplo. Ajudava muito, uma porção maior de Jack Black, além de boas performances dos atores Dylan Minnette e Ryan Lee.

O elenco em Goosebumps 2 – Halloween Assombrado não consegue alcançar os mesmos picos que o elenco do filme anterior. Mas, não é possível acusar os jovens atores de falta de tentativa. Um roteiro menos esquematizado e previsível ajudaria muito na melhora das performances. O garoto Jeremy Ray Taylor, famoso por ser uma das crianças do clube dos perdedores em It: A Coisa, que tem a referência mais engraçada no filme de Sandel, é o que se sai melhor da parte teen do elenco. Já entre os adultos, ninguém é capaz de fazer rir, a não ser Ken Jeong, o inesquecível gângster Leslie Chow da trilogia Se Beber, Não Case!

Goosebumps 2 – Halloween Assombrado segue a linha de outro filme lançado recentemente, O Mistério do Relógio na Parede de Eli Roth, coincidentemente ambos com o comediante Jack Black. Ambos capazes de encantar os pequenos, mas só o longa de Roth conseguirá entreter também na mesma medida, os adultos acompanhando as crianças. Enquanto, no filme de Roth existe um clima mais rústico, que permite um tipo de tratamento interessante para todas as faixas; na obra de Ari Sandel, o foco é a ação abilolada dos monstros tocando o terror na cidade no dia de Halloween. E isso, definitivamente, fará as crianças pirarem neste terror infantil!

Escolha o Streaming e tenha acesso aos lançamentos, notícias e a nossas indicações do que assistir em cada um deles.