Maravilhoso

Aclamado, esse filme na Netflix é ficção científica de verdade

Conheça a trama e as temáticas de Ex Machina: Instinto Artificial

Ex Machina: Instinto Artificial
Ex Machina: Instinto Artificial

Atualmente, Lucy está fazendo o maior sucesso na Netflix, mas há um filme de ficção científica protagonizado por mulher, lançado no mesmo ano, muito melhor no catálogo. Vamos conhecer Ex Machina: Instinto Artificial.

Dirigido por Alex Garland em sua estreia como diretor, o longa se destaca pela sua abordagem inovadora de temas como inteligência artificial, consciência, e ética, enquanto mergulha profundamente na natureza humana e em seus limites.

A trama se passa quase inteiramente em uma casa isolada, pertencente a Nathan Bateman, um brilhante, porém excêntrico CEO de uma empresa de tecnologia. A história se desenvolve quando Caleb Smith, um jovem programador da mesma empresa, é selecionado para participar de um experimento peculiar com uma das criações de Nathan: uma androide com inteligência artificial chamada Ava.

Logo de início, Ex Machina se distingue pelo seu tom claustrofóbico e minimalista. A arquitetura modernista da casa, com seus corredores estreitos e janelas que mais parecem prisões de vidro, cria uma atmosfera de confinamento e mistério. Este cenário é fundamental para o desenvolvimento da tensão psicológica que permeia todo o filme.

A partir do momento em que Caleb chega ao local, ele é submetido a uma série de testes para avaliar a inteligência e a consciência de Ava. No entanto, o que parece ser uma simples avaliação científica logo se transforma em um jogo de manipulação e desconfiança.

Ex Machina: Instinto Artificial está na Netflix

Alicia Vikander é a alma do filme

Ava, interpretada por Alicia Vikander, é um dos aspectos mais fascinantes do filme. Ela é projetada com um rosto humano extremamente expressivo, mas seu corpo é transparente, expondo componentes mecânicos. Essa dualidade visual reflete o conflito central do filme: Ava é uma máquina ou é algo mais?

A performance de Vikander é ao mesmo tempo cativante e inquietante, deixando o público constantemente em dúvida sobre as verdadeiras intenções da androide. A interação entre Caleb e Ava se torna cada vez mais complexa, e o jovem programador começa a questionar suas próprias percepções da realidade.

Nathan, vivido por Oscar Isaac, é um personagem enigmático e imprevisível. Ele é ao mesmo tempo genial e moralmente ambíguo, e sua presença constante cria um clima de tensão.

Nathan exibe traços de um manipulador narcisista que se deleita em testar os limites éticos de suas criações e dos humanos ao seu redor. Seu comportamento imprevisível e suas motivações ocultas tornam-no um antagonista fascinante, que desafia Caleb e o público a reconsiderar o que significa ser humano e o que diferencia humanos de máquinas.

Ao longo do filme, a linha entre o que é humano e o que é artificial fica cada vez mais turva. Ex Machina utiliza esse dilema para explorar questões filosóficas e morais profundas.

A capacidade de Ava de entender e manipular as emoções humanas levanta questões perturbadoras sobre a natureza da inteligência artificial. Se uma máquina pode simular emoções humanas de forma convincente, isso significa que ela realmente as sente? Ou é simplesmente uma questão de programação avançada? Essas questões ficam sem respostas definitivas, deixando o público refletindo muito depois de os créditos finais rolarem.

Outro tema importante abordado pelo filme é o da ética na criação de inteligências artificiais. Nathan, como criador, assume uma postura quase divina em relação às suas criações, manipulando-as e destruindo-as conforme seus caprichos.

Isso levanta questões éticas sobre a responsabilidade dos criadores de IA. Até que ponto é aceitável criar formas de vida sencientes apenas para explorar seus comportamentos? A obra nos força a confrontar esses dilemas morais de frente, sem oferecer respostas fáceis.

Esse é um filme que desafia o público a questionar suas próprias suposições sobre a inteligência artificial e o que significa ser humano.

Ex Machina: Instinto Artificial está disponível na Netflix.

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