A atriz Mira Sorvino não recebeu apenas reações positivas quando decidiu se juntar ao coro de vozes acusando o poderoso produtor Harvey Weinstein de assédio sexual.
Vencedora do Oscar por sua atuação em Poderosa Afrodite (1995), Sorvino assinou um artigo para o The Hollywood Reporter contando sua experiência nos dias seguintes às publicações de suas denúncias contra Weinstein.
“Eu normalmente tenho uma conta no Twitter sonolenta. No dia seguinte à publicação das minhas declarações, eu tinha mais de um milhão de pessoas me enviando mensagem. Oito em cada dez delas eram de afirmação. As outras duas eram ataques perturbadores”, escreve Sorvino.
“As pessoas me condenaram por ‘colocar minha carreira acima de minhas morais’ ao aceitar papéis com a Miramax. Que papéis? Eu realmente não sei dizer”, conta ainda.
“Eu rezei muito antes de decidir o que fazer. Eu liguei para a ministra da minha congregação e disse: ‘Eu acho que vou usar meu nome, embora eu esteja nervosa em relação a retaliação que vou receber e as implicações disso para minha carreira'”, continua.
“Achei que nunca mais ia trabalhar em Hollywood, e tinha que fazer minhas pazes com isso. Minha ministra disse que eu deveria contar a minha história, e eu concordei com ela”, conclui.
A acusação levantada por Sorvino é uma das mais de 60 que pesam contra o produtor – a história contada pela atriz teria ocorrido no Festival de Torono de 1995.